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Covid-19: Na defesa de tratamento precoce, Bolsonaro cria comitê com governadores e Congresso

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Bolsonaro destacou que defende "a vida em primeiro lugar"  |   Bnews - Divulgação Reprodução TV Brasil

Publicado em 24/03/2021, às 17h38   Redação BNews



O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou, nesta quarta-feira (24), após reunião na residência oficial do Palácio da Alvorada com governadores, ministros e chefes de poderes, a criaçaõ de um comitê formado por governos estaduais, Congresso e União para combater a pandemia de Covid-19.

"Resolvemos, entre outras coisas, que será criada uma coordenação junto aos governadores, com o senhor presidente do Senado Federal. Da nossa parte, um comitê que se reunirá toda semana com autoridades para decidirmos ou redirecionarmos o rumo do combate ao coronavírus", destacou Bolsonaro. 

O chefe do executivo defendeu na reunião o que chama de "tratamento precoce", que é o uso de medicamentos, a exemplo da Ivermectina, sem comprovação científica de eficácia contra o novo coronavírus: "Tratamos também de possiblidade de tratamento precoce. Isso fica a cargo do ministro da Saúde, que respeita o direito e o dever do médico tratar os infectados".

Bolsonaro destacou que defende "a vida em primeiro lugar". Desta vez, ao contrário de suas falas habituais, o presidente não equiparou o emprego à vida na categoria de prioridade.

A reunião entre Bolsonaro, governadores, ministros e chefes de poderes ocorre no dia em que o Brasil chegou à marca de 300 mil mortos por Covid-19, desde que a pandemia começou, há pouco mais de um ano. O país vive o momento mais grave da pandemia, com sucessivos recordes diários de número de mortes e número de novos casos. Os sistemas de saúde nos estados está sobrecarregado, com filas na UTI e ameaça de falta de insumos para sedação de pacientes e de oxigênio.

Bolsonaro não tratou das medidas de isolamento social, implementadas por governadores e alvo de suas críticas nos últimos dias. Ele chegou a ir ao Supremo Tribunal Federal para barrar as medidas. 

O tema do isolamento, no entanto, foi defendido pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), que também fez um pronunciamento após a reunião. Ao lado de Bolsonaro, ele ressaltou a importância de restringir a circulação de pessoas: "Pedir a todos que entendam que em situações delicadas e críticas muitas vezes se faz necessário o isolamento social".


Os governadores presentes à reunião não são críticos declarados do presidente. Além de Caiado, participaram Wilson Lima (Amazonas), Romeu Zema (Minas Gerais), Ratinho Júnior (Paraná), Marcos Rocha (Rondônia), Renan Filho (Alagoas).

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