Política

Presidente da Câmara de Feira diz que não aceitará pressão da gestão municipal: "não mande secretário me ligar com ameaças"

Reprodução/Câmara de Vereadores de Feira de Santana
Em um forte discurso, afirmou que a atual Mesa Diretora do Legislativo não vai admitir este tipo de postura  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Câmara de Vereadores de Feira de Santana

Publicado em 30/03/2021, às 13h40   Blog do Velame


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O presidente da Câmara de Feira de Santana, Fernando Torres (PSD), reagiu, nesta terça (30), a pressões do Governo Municipal, inclusive através de alguns veículos de comunicação, quanto a um projeto do Executivo em tramitação na Casa, que trata da concessão de desconto, isenção e parcelamento de tributos. 

Em um forte discurso, afirmou que a atual Mesa Diretora do Legislativo não vai admitir este tipo de postura. Pessoalmente, diz o presidente, pretende exercer o seu mandato com “diálogo e muito trabalho, principalmente para fiscalizar, investigar, denunciar e impedir roubos, que porventura possam ocorrer na administração pública”. 

Fernando observa que o seu discurso não significa rompimento “com governo algum”, mas que não se encontra no cargo para “para ser subalterno, nem ouvir puxão de orelha, servir ao prefeito Colbert ou ao ex-prefeito José Ronaldo, nem para dizer amém a tudo”. 

Diz que trabalha pelo bem da cidade e nada deve a políticos, além de respeito e diálogo, “desde que haja reciprocidade”. Ele lamenta que um secretário tenha lhe telefonado para cobrar aprovação do denominado “Projeto do IPTU” e ainda que o Executivo tenha “alimentado” a imprensa para uma “repercussão parcial do fato, sem que se tenha ouvido o outro lado”. Pretende recomendar ao prefeito  “que não mande secretário me ligar, com pressões ou ameaças”.  

O presidente esclarece que não existe atraso da parte do Legislativo. “Primeiro, enviaram um projeto contendo erros primários, que a Casa teve de devolver para correção. No dia 23, portanto, há apenas três sessões, recebemos de volta. 

Ocorre que a matéria precisa passar por várias comissões”, justifica o presidente, que recomenda ao Governo “assumir a sua culpa, não jogá-la para a Câmara”, uma vez que a proposta, “ideia minha e do vice-prefeito Fernando de Fabinho”, por sua importância e pelos prazos que precisam ser cumpridos, deveria ter sido encaminhada à Casa no início de fevereiro.

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