Bruno Reis nega que tenha liberado comércio após pressão de empresários de Salvador

O prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), que vinha sendo criticado por parte dos empresários de Salvador por suspender os serviços considerados não essenciais após elevados números de internações e contaminações, afirma que tomou a decisão de liberar o comércio, na próxima segunda-feira (5), pautado exclusivamente em análise científica de profissionais que orientam as tomadas de decisão da gestão.

Ele negou, durante coletiva virtual nesta quarta-feira (31), que tenha cedido à pressão de representantes dos setores afetados. Em dois episódios recentes, manifestantes estiveram na porta da residência do prefeito, no Comércio, em protesto às medidas restritivas.

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“Não houve pressão de ninguém, sempre disse que não pautaria minhas decisões por manifestações e por qualquer tipo de protesto. Levaria sempre em consideração nas minhas decisões a fala dos especialistas e cientistas que estão nos assessorando, em especial os  trabalhadores da Saúde", disse.

O retorno dos serviços fechados será, nas palavras de Reis, um teste. Ele pode recuar da decisão caso o setor e a população não cumpra com os protocolos de segurança. Na manhã desta quarta, até às 11h, a cidade contava com 81% de taxa de ocupação de leitos de UTI. Na avaliação dele, mesmo com o feriado da Páscoa, não há possibilidade desse número aumentar, já que "a gestão está tomando medidas ao longo dos últimos dias" para evitar a procura por leitos. 

“Estamos dando um voto de confiança, atendendo uma demanda do setor produtivo da nossa cidade que não suporta ficar por tanto tempo fechado. As pessoas na nossa cidade podem morrer de Covid ou de fome se ficarem desempregadas”, completou o prefeito.