Política

Calheiros volta a dizer que Flávio tem relação com milícia e senador rebate: 'quer blindar o filho'

Edilson Rodrigues/Agência Senado
Os dois protagonizaram bate-boca durante sessão nesta quarta (12)  |   Bnews - Divulgação Edilson Rodrigues/Agência Senado

Publicado em 13/05/2021, às 07h38   Redação Bnews


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Após protagonizarem um bate-boca durante a sessão da CPI da Covid-19, Renan Calheiros (MDB-AL) manteve a linha ácida que adotou após ser chamado de vagabundo pelo Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) durante depoimento do ex-ministro de Comunicação da Presidência, Fabio Wajngarten.

Ao ser questionado pelo O Globo sobre o que achava do ataque feito pelo filho do presidente, o alagoano voltou a relacionar o parlamentar à milícia.

“Estamos diante de um governo que não tem uma linha de defesa. A defesa é o ataque. Então, eles não querem a investigação. Entram no STF para impedir que eu seja relator...Aquilo não me surpreendeu. O que você vai esperar de quem tem essa proximidade com milicianos? Nada vai nos deter com relação à investigação. Eles estão querendo que a CPI não dê certo, ou seja, não investigue. Isso não vai acontecer”, disse. 

O presidente da comissão defendeu mais uma vez a quebra dos sigilos telefônico e telemático do ex-ministro, já que, segundo ele, há indícios de que Bolsonaro teria fechado portas para a aquisição de vacinas.

“Depois, começou a receber representantes e a abrir. Em que condições ele fez isso? Isso precisa ser apurado. As pessoas querem saber: houve ou não genocídio? A quebra dos sigilos também poderá colaborar para investigarmos a disseminação de informações equivocadas sobre a pandemia. Wajngarten negou que tivesse contato com Carlos Bolsonaro. É isso que a quebra de sigilo também vai responder”, completou Calheiros. 

Flávio

Já Flávio, também em entrevista ao O GLOBO, se defendeu das acusações de ter relação com milicianos e diz que o senador tem a intenção de blindar governadores na CPI, inclusive seu filho, Renan Filho (MDB-AL).

"Não tenho proximidade com milicianos. Sou defensor de policiais. Quero ver se Renan vai dispensar o mesmo tratamento na CPI ao seu filho (Renan Filho, governador de Alagoas), quando ele sentar para depor por possíveis desvios de dinheiro da Covid-19. Alguém com a ficha corrida de Renan Calheiros, que responde a processos no STF, não tem moral para dar voz de prisão a ninguém", rebateu. 

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