Política

CPI: Otto pede reconvocação de Wajngharten e acareação com repórter da Veja

Reprodução / TV Senado
Bnews - Divulgação Reprodução / TV Senado

Publicado em 13/05/2021, às 09h19   Victor Pinto


FacebookTwitterWhatsApp

O senador Otto Alencar (PSD), conforme havia anunciado na sessão da quarta-feira (12), protocolou requerimento na CPI da Pandemia o qual pede a reconvocação do Fábio Wajngharten, ex-Secretário Especial de Comunicação da Presidência da República, junto a uma acareação com Policarpo Júnior, repórter da Revista VEJA.

Para o pessedista, é necessário prestar esclarecimentos sobre quais os nomes citados como incompetentes e ineficientes na estrutura organizacional do Ministério da Saúde conforme entrevista vinculada na Revista Veja no dia 22 de abril. 

A acareação é um termo jurídico para confronto de depoimento entre duas ou mais testemunhas. Busca apurar a verdade no depoimento ou declaração das testemunhas e das partes.

Apesar do senador baiano ter apresentado o requerimento 536/2021, o áudio em questão chegou a ser veiculado pela revista logo após o assunto ter sido tratado no plenário da comissão. A gravação da entrevista também fora requerida pelo presidente da Comissão, senador Omar Aziz (PSD) - clique aqui

Ao ser indagado pela senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), o publicitário assegurou que jamais disse a VEJA que houve incompetência do Ministério da Saúde na compra dos imunizantes. “A manchete serve para vender a tiragem, a manchete serve para trazer audiência, a manchete serve para chamar a atenção, conforme a gente conhece”, destacou Wajngarten.

Também na CPI, ele disse que existe uma carta da Pfizer enviada ao governo Bolsonaro em 12 de setembro, que tinha com o objetivo negociar a compra de vacinas. Em seu relato, citou que, em novembro, teria enviado um e-mail à farmacêutica. Em 17 de novembro, ele já teria se reunido com o CEO da Pfizer Carlos Murillo, em seu gabinete.

Clique aqui e veja o requerimento

ENTREVISTA - O ex-secretário de Comunicação responsabilizou o Ministério da Saúde pelo atraso das vacinas e contou que o general Eduardo Pazuello foi demitido após rumores de que seria preso."Ouvi que havia essa possibilidade [de prisão]. Não sei se era fato ou especulação. Isso f oi em fevereiro, dias antes da demissão do ministro da Saúde", pontuou.

Ele confirmou que, em meados do segundo semestre do ano passado, participou ativamente de esforços para viabilizar a compra da vacina da Pfizer. Wajngarten guarda e-mails, registros telefônicos, cópias de minutas do contrato e ainda afirma ter um rol de testemunhas do gabinete presidencial que podem comprovar tudo que está dizendo. O acordo não teria avançado por “incompetência” e “ineficiência” dos gestores do Ministério da Saúde comandados pelo general Eduardo Pazuello, também demitido do cargo no mês passado, depois de circularem rumores no Planalto sobre um suposto mandado de prisão que seria expedido contra ele.

"Incompetência e ineficiência. Quando você tem um laboratório americano com cinco escritórios de advocacia apoiando uma negociação que envolve cifras milionárias e do outro lado um time pequeno, tímido, sem experiência, é isso que acontece", disse ao periódico. 

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp