Política

Pazuello se esquiva de responder se defesa de Bolsonaro a cloroquina passou "sensação de segurança inexistente” a população

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Questionamento foi feito pela senadora Leila Barros (PSB) durante sessão da CPI da Pandemia na tarde desta quinta-feira (20)  |   Bnews - Divulgação Reprodução/YouTube

Publicado em 20/05/2021, às 15h48   Redação BNews


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O ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, se esquivou na tarde desta quinta-feira (20) ao ser questionado pela senadora Leila Barros (PSB) sobre se a defesa pública do presidente  da República Jair Bolsonaro (sem partido) a medicamentos sem eficácia terapêutica comprovada para tratar ou prevenir a Covid-19 - como Cloroquina e Hidroxicloroquina - não havia passado "sensação de segurança inexistente” a população brasileira. 

Durante sua intervenção no segundo dia de oitiva do general da ativa na CPI da Pandemia, Barros também lembrou que, concomitantemente, o chefe do Executivo  combatia abertamente medidas de isolamento social e uso de máscaras para conter o avanço do novo coronavírus durante a crise sanitária.

"Realmente acho que o que você vai passar para cada um... São vários prismas. Se a senhora perguntar: Ministro - ou Pazuello, como a senhora quiser chamar - ‘Eduardo, você foi para fazer isso? Você foi para pessoas não usarem?’. Eu não fiz isso. Não acho que deva se fazer isso. A posição do presidente ou de outros ministros são deles. É um juízo de valor deles. O impacto disso... Há impacto? Não há impacto? É quase incalculável", opinou.

Pazuello acrescentou que não acompanhou todas as falas do presidente, e afirmou que das vezes que se lembra, acredita que o presidente disse que defendia vacinas contra a Covid-19 “que fossem seguras e eficazes”.

Para o ex-responsável pela pasta, o uma postura parecida foi adotada por Bolsonaro quanto a medicamentos como a Cloroquina e Hidroxicloroquina. "Pelo que eu me lembro, ele coloca sempre 'com a prescrição do médico'. Então tem um grau de prisma na coisa. Na minha visão, as ações dele não mudaram a minha posição", continuou. Pazuello também disse que se aconteceu dentro do ministério, foi sem a sua orientação. 

"Não comprei uma grama de hidroxicloroquina, não fomentei o uso. Eu distribuí o que me pediram. Se o estado pediu e eu tenho, eu entrego. Não estou questionando. Eu não questionei. Para mim, é uma grande discussão médica", concluiu. 

Já questionado por Barros se assumia sozinho a responsabilidade pelo número de mortos e infectados na pandemia, o general da ativa respondeu que “todos os gestores, cada um em seu nível, têm responsabilidade". Sobre as previsões de vacinação para a população brasileira, Pazuello lembrou de sua declaração sobre a imunização acontecer no "Dia D, na Hora H" e explicou que é difícil montar um cronograma com "fatores que você não domina". 

O ex-ministro também disse que dominavam fatores como contratos, mas que saíam das  mãos do governo, por exemplo, a execução da entrega ou mesmo a aprovação das vacinas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O general da ativa voltou a dizer que não poderia ter feito contratos para aquisição de vacinas antes da redação de uma Medida Provisória editada em 3 de janeiro deste ano.

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