Política

Deputados voltam a trabalhar

Publicado em 16/11/2010, às 23h55   Luiz Fernando Lima


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Zé Neto e João Carlos Bacelar foram dois que cobraram mais empenho para aprovação de projetos


A volta às votações na Assembleia Legislativa da Bahia aconteceu após pronunciamentos enérgicos de deputados de oposição e de governo que cobraram do presidente da Casa Legislativa, Marcelo Nilo (PDT), uma participação mais efetiva para adiantar o retorno das atividades parlamentares.

Diante da situação, Nilo partiu para negociações com as lideranças dos blocos parlamentares. Primeiro, sentou-se com Waldenor Pereira (PT), líder da maioria, e depois em outra sala, fora do plenário, costurou com mais de nove deputados de oposição os termos para que fossem votados os projetos nesta terça-feira (16).

O que se conversou entre as quatro paredes não foi revelado por nenhum dos participantes. O que se pode ver ainda na sessão foi o acordo entre os parlamentares que aprovaram, de forma consensual, os dois vetos do governador Jaques Wagner (PT), mais o projeto do Ministério Público, que segundo Heraldo Rocha (DEM), líder da oposição, foi uma das condições estabelecidas pela bancada que representa para que se aprovasse os vetos.

No entanto, ainda falta a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que poderia ser votada desde junho, mas as possíveis modificações exigidas pela bancada da oposição ao texto enviado pelo governo do estado ainda não avançaram. As duas bancadas admitem que não sentaram à mesa para resolver o impasse.

De acordo com os lideres ouvidos pela reportagem do Bocão News, não há avanços nem tampouco previsão para se votar a LDO. “Vamos adiantar o que for possível, temos 22 projetos enviados pelo Poder Executivo que precisamos votar, além das propostas parlamentares. Sei que é pouco provável que votemos todos os projetos em tramitação na Casa até o final da legislatura, mas vamos trabalhar para votar o maior número possível”, disse o líder petista.

Os parlamentares da oposição estão pessimistas quanto ao posicionamento do governo que, segundo eles, não quer negociar. “Se a bancada de Wagner não começar a abrir mão de determinadas posições, nós (oposição) não vamos votar e veremos o que acontece”, garantiu um deputado que não quis ter o nome publicado.


Fotos: Edson Ruiz / Bocão News

Classificação Indicativa: Livre

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