“Há crime de improbidade comprovado”, diz Alice Portugal sobre governo Bolsonaro

A deputada federal Alice Portugal (PCdoB) participou, na manhã deste sábado (29), de ato democrático contra o governo Bolsonaro que, em Salvador, aconteceu no bairro do Campo Grande. De acordo com a parlamentar, a ida às ruas, ou mesmo as manifestações das redes sociais e janelas, ajudam a dar início a um processo de demonstração da insatisfação das pessoas com o presidente.

“As manifestações precisam tirar o Brasil de um profundo silêncio. É necessário que a população brasileira saiba que vivemos a maior crise sanitária do século, a maior crise econômica do país nos últimos 30 anos. O auxílio emergencial não sustenta as famílias carentes e a fome é a irmã gêmea da pandemia, tudo potencializado por um governo inepto e irresponsável”, disse.

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CPI da Covid-19
A parlamentar também se manifestou sobre os acontecimentos da CPI da Pandemia, que já ocorre há duas semanas no Senado Federal, em Brasília. Para ela, a Comissão “tem sido didática e comprovando, a cada dia, que houve inépcia do governo não só no Amazonas, mas no Brasil inteiro”.

Ainda segundo Alice Portugal, “com tantas provas, econômicas, políticas, confissões na CPI, o caminho do crime de improbidade está dado, porque já há crime de improbidade comprovado e eu espero que isso possa estimular o presidente da Câmara a adentrar na gaveta e pegar, pelo menos, um pedido de impeachment de Bolsonaro”.

Eleições 2022
Para as eleições do próximo ano, a aposta da deputada federal é uma frente ampla formada não só por partidos de esquerda, mas por toda força política que possa tirar a extrema direita do poder. “Nossa expectativa é de que haja uma unidade de forças democráticas e progressistas, no sentido de tirar a extrema direita desta cena do poder”.

Como exemplo, Alice Portugal citou os Estados Unidos, onde Donald Trump, representante da extrema direita, foi substituído por Joe Biden, que obteve vitória nas urnas no ano passado. “É necessário retomar o caminho da democracia, dos direitos sociais e do respeito em relação às diferenças no país. Para além da esquerda, defendemos uma frente ampla, porque ninguém sozinho derrota um esquema de fake news financiado internacionalmente”, concluiu.