CPI da Covid: Médica revela dificuldades para trazer "talentos" para equipe devido à "polarização" política

A médica Luana Araújo, que trabalhou por dez dias na Secretária Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 do Ministério da Saúde em março deste ano, mas teve a nomeação barrada pelo governo, revelou durante depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) nesta quarta-feira (2) que teve dificuldade para montar a sua equipe.

Segundo a infectologista, grandes "talentos" recusaram a proposta devido à "polarização" política atual.

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"Infelizmente por tudo que vem acontecendo, por essa polarização esdrúxula, politização incabível. Os maiores talentos que a gente tem para trabalhar dentro dessas áreas, não estavam à disposição para trabalhar", declarou a infectologista. 

O relator Renan Calheiros (MDB-AL) então indagou: "Não estavam à disposição ou não queriam?".

"Não queriam. Temos cérebros incríveis neste país", completou a médica, que só ficou 10 dias oficialmente no cargo.

No início do seu depoimento, Luana defendeu o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e ressaltou o perfil técnico do médico.