Política
Publicado em 04/06/2021, às 14h08 Redação BNews
O senador e ex-ministro da Defesa, Jaques Wagner (PT), criticou a não punição do ex-ministro da Saúde e general da ativa Eduardo Pazuello após sua participação em ato político com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no Rio de Janeiro.
"Não satisfeito em demolir a imagem das nossas relações exteriores no mundo, agora o presidente tenta destruir a linha mestra do Exército brasileiro, de hierarquia e disciplina, estimulando a insubordinação. O Exército de Caxias não se transformará num exército de milicianos", escreveu Wagner.
O Exército informou nesta quinta-feira (3) que arquivou o procedimento administrativo que havia sido instaurado contra o ex-ministro da Saúde. Por ser da ativa, o regulamento do Exército veda a participação do general em manifestações públicas de natureza político-partidária.
Em sua defesa, o ex-ministro argumentou que a manifestação do qual participou ao lado do presidente não era de natureza político-partidária.
Ex-ministro do governo Bolsonaro, o general da reserva Carlos Alberto dos Santos Cruz afirmou em redes sociais que a decisão do Exército de não punir Eduardo Pazuello por participação em uma manifestação política, cedendo a uma pressão do presidente, é uma "vergonha" e uma "desmoralização para todos nós".
"Sobre o conjunto dos fatos, é uma desmoralização para todos nós. Houve um ataque frontal à disciplina e à hierarquia, princípios fundamentais à profissão militar. Mais um movimento coerente com a conduta do presidente da República e com seu projeto pessoal de poder. A cada dia ele avança mais um passo na erosão das instituições [...] Não se pode aceitar a subversão da ordem, da hierarquia e da disciplina no Exército, instituição que construiu seu prestígio ao longo da história com trabalho e dedicação de muitos. Péssimo exemplo para todos. Péssimo para o Brasil", escreveu Santos Cruz.
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