Política

'Chama-se representação faz-me rir', debocha Otto Alencar sobre ação contra ele no CFM

Jefferson Rudy/Agência Senado
No documento, grupo de médicos argumenta que o senador baiano incorreu em faltas disciplinares durante a inquirição à médica oncologista Nise Yamaguchi na CPI  |   Bnews - Divulgação Jefferson Rudy/Agência Senado

Publicado em 07/06/2021, às 18h25   Léo Sousa


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O senador Otto Alencar (PSD-BA) debochou da representação movida por um grupo de médicos contra ele junto ao Conselho Federal de Medicinia (CFM). Em entrevista ao BNews nesta segunda-feira (7), o parlamentar chamou a ação de "faz-me rir" e com "coisas idiotas".

No documento, os profissionais de saúde argumentam que Otto incorreu em faltas disciplinares durante a inquirição à médica oncologista e imunologista Nise Yamaguchi na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, no Senado Federal. A sessão ocorreu na última terça-feira (1º).

"Chama-se representação 'faz-me rir'. Sem sentido. Eu fiz uma inquirição dentro do regimento do Senado Federal, não fiz como médico, e eles estão levantando aí essas coisas idiotas, bobas. É só isso que eu tenho a dizer", declarou o senador.

No ação entregue ao presidente do Conselho, Mauro Ribeiro, o grupo pede abertura de sindicância e de processos administrativos disciplinares contra Alencar.

Os médicos afirmam que a representação não é relaciona à atuação de Otto enquanto senador, mas enquanto médico, e citam que o parlamentar agiu para constranger Yamaguchi, ao passo que não permitia que a oncologista respondesse de maneira adequada aos questionamentos feitos a ela na CPI.

Mais cedo, em entrevista à Rádio Metrópole, o senador baiano afirmou que "tomou com surpresa" a representação e rebateu o grupo de médicos.

"Tomei com surpresa porque não cometi nenhum ato antiético. A alegação é que fui muito intensivo nas perguntas. Não fiz isso para deixar a doutora com dificuldades. Fiz isso porque ela tergiversa muito. Ela defendia, ano passado, imunidade de rebanho. E na hora de responder na CPI, negava. Ela foi uma das principais vozes contra a vacina. E na oitiva, não confirmava. Então, resolvemos perguntar se ela tinha conhecimento suficiente para orientar as pessoas para tratar da doença. Fizemos perguntas médicas simples, disse Otto.

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