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"Me tremo todo quando vejo essa defesa”, afirma Elmar sobre voto de Otto Filho contra revitalização do Rio São Francisco

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Para o deputado, a esquerda sempre defende muito as estatais  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 09/06/2021, às 19h41   Redação BNews


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O deputado federal Elmar Nascimento (DEM) se mostrou indignado com os deputados federais baianos dos partidos de esquerda que votaram contra a Medida Provisória 1031/21, que viabiliza a desestatização da Eletrobras, já que, segundo ele, vai revitalizar o Rio São Francisco. 

Em entrevista na noite desta quarta-feira (09), no BNews Agora, na Piatã FM, o deputado criticou o voto contrário de Otto Alencar Filho (PSD), já que o pai, senador Otto Alencar, é ferrenho defensor do Rio São Francisco, e quase todos os deputados federais da legenda votaram a favor da medida. Também votou contra o deputado Mário Negromonte Jr. (PP) e Charles Fernandes (PSD).

"O Otto[Filho] deve ser porque o pai vai disputar uma eleição majoritária no próximo ano, é ligado ao PT, e é um tema muito sensível a esquerda, que sempre defende muito as estatais. Eu me tremo todo quando vejo essa defesa", ironizou. "Esse tema sempre foi muito linkado na questão das fake news. No interior, você tem um sindicalismo muito forte. No caso do Mário, a Chesf tem uma força muito grande na zona de Paulo Afonso. Já o Otto a gente endente que o pai vai disputar a eleição na chapa do PT", completou.

O PT, PDT, PODEMOS, PCdoB e PSB votaram contra o projeto, mas alguns integrantes dos partidos da base de Rui Costa como o PL e o PSD tiveram deputados que votaram a favor da MP.

No projeto, para a revitalização das bacias dos rios São Francisco e Parnaíba, a MP determina o aporte de total de R$ 350 milhões ao ano, corrigido pelo IPCA, para projetos de aumento da recarga do rio por meio das vazões dos afluentes e para projetos de flexibilidade de operação dos reservatórios. 

Além do dinheiro, usinas da Eletrobras na região, sob controle da Chesf, deverão fazer contrato com o operador do projeto de integração das bacias do rio São Francisco com as do Nordeste Setentrional a fim de disponibilizar um montante médio anual de 85 MW por 20 anos ao preço de R$ 80,00/MWh corrigido pelo IPCA.

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