Política
Publicado em 16/06/2021, às 11h43 Luiz Felipe Fernandez
Réu por corrupção e lavagem de dinheiro, o ex-governador Wilson Witzel iniciu o seu discurso na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid com uma defesa à sua gestão frente à pandemia.
Em contrapartida, Witzel acusou a "omissão" do Governo Federal, que não agiu para impedir a entrada de estrangeiros pelas fronteiras e não ajudou no custeio de leitos hospitalares e na compra de equipamentos necessários para tratar pacientes com a doença.
Segundo Witzel, o culpado pela morte hoje de quase meio milhão de brasileiros tem "nome" e "endereço".
"O presidente deixou os governadores à mercê da desgraça que viria. O único responsável pelos [mais de] 400 mil mortes que tem aí tem nome, endereço e tem que ser responsabilizado", afirmou o ex-governador.
A posição contrárias às normas restritivas, na visão de Witzel, faz parte da tentativa de Bolsonaro de fazer valer a "narrativa" que opôs a União aos governadores, principalmente ao apelar às "consequências econômicas" das medidas de restrição.
Ele disse que foi chamado de "tirano" por impor o fechamento das praias e pontuou que o Supremo Tribunal Federal (STF) não tirou a responsabilidade do governo federal de ajudar no enfrentamento à doença.
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