Política

Lula avalia ida a manifestação contra Bolsonaro, mas aliados temem efeito negativo

Ricardo Stuckert/Instituto Lula
De acordo com a Folha de S. Paulo, a tendência é que ele recue desta possibilidade e não vá ao protesto convocado por diferentes setores da sociedade, além do PT, PSOL, PCdoB, centrais sindicais e movimentos estudantis e progressistas  |   Bnews - Divulgação Ricardo Stuckert/Instituto Lula

Publicado em 17/06/2021, às 07h47   Redação BNews


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Em movimento para consolidar a sua candidatura ao Palácio do Planalto em 2022, o ex-presidente Lula avalia testar e reforçar a sua popularidade em ato nacional contra o governo Bolsonaro marcado para este sábado (22). No entanto, aliados temem que a sua presença contamine eleitoralmente a manifestação como de "petistas" e sirva de combustível para a narrativa bolsonarista.

De acordo com a Folha de S. Paulo, a tendência é que ele recue desta possibilidade e não vá ao protesto convocado por diferentes setores da sociedade, além do PT, PSOL, PCdoB, centrais sindicais e movimentos estudantis e progressistas.

Outro fator que pesa contra a ida de Lula é a própria crise sanitária de Covid-19. Apesar da tentativa de organização e da predominância de pessoas de máscaras, os atos espalhados pelo país inevitavelmente geram aglomeração e sempre são alvos de críticas, por vezes, de pessoas ligadas à esquerda e de autoridades da área de saúde.

Imagens com Lula no meio da multidão e a possibilidade de assédio ao petista podem se tornar uma arma para o atual presidente Jair Bolsonaro e seus aliados.

No último dia 29 de maio, o ex-presidente não apareceu em nenhuma das manifestações, que foram as maiores até então contra o governo desde o início da pandemia.

Uma outra ala, no entanto, vá a sua ausência como um distanciamento do seu discurso de incentivo à participação das ruas.

A Campanha Nacional Fora, Bolsonaro, que reúne frentes como a Povo sem Medo, Brasil Popular e Coalizão Negra por Direitos, defende que as pautas no próximo sábado sejam mais amplas e engajadas.

As principais reivindicações são o impeachment do presidente Jair Bolsonaro e o retorno do auxílio-emergencial no valor de R$ 600. As organizações têm dialogado para tentar unificar o seu discurso e evitar a dispersão.

Pelo menos 319 atos estão confirmados, no Brasil e no exterior, incluindo passeatas e carreatas. A orientação é que todos usem máscaras PFF2, usem álcool em gel e tentem, na medida do possível, manter uma distância segura de outras pessoas. Os organizadores reforçam que quem puder, leve máscaras para doação e também frascos de álcool em gel.

Classificação Indicativa: Livre

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