Política

CPI da Covid: Osmar Terra ressalta experiência, mas se diz surpreendido com mutação do coronavírus

Valter Campanato/ Agência Brasil
A mutação de um vírus é comum, com acontece com a própria gripe, e acontece com mais facilidade com a circulação do patógeno e infecção deliberada das pessoas  |   Bnews - Divulgação Valter Campanato/ Agência Brasil

Publicado em 22/06/2021, às 11h16   Luiz Felipe Fernandez


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O deputado federal Osmar Terra (MDB) afirmou nesta terça-feira (22) em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid que foi surpreendido com a mutação do novo coronavírus, que provocou uma segunda onda ainda mais mortal da doença no país - apesar de relatar já ter presenciado outras "pandemias" como a do H1N1.

O ex-ministro negou que a "imunidade de rebanho" seja uma estratégia e exibiu um gráfico com o comparativo de mortes por Covid-19 no Amazonas, onde mostra que 2021 teve ainda mais óbitos que 2020, decorrentes segundo ele das novas variantes ainda mais agressivas.

A mutação de um vírus é comum, com acontece com a própria gripe, e ocorre com mais facilidade com a circulação do patógeno e infecção deliberada das pessoas.

Sobre as previsões "otimistas" de Osmar Terra, que em vários momentos disse que a pandemia não duraria mais de três meses e que mataria menos do que a gripe sazonal no Rio Grande do Sul.

Desafeto do governo brasileiro, a China foi considerada como exemplo por Osmar Terra, que ressaltou que o país não ultrapassou as 4 mil mortes.

A China se tornou referência no enfrentamento à doença com a testagem em massa da população, lockdown efeito em locais com alta taxa de contágio e mapeamento e rastreamento dos casos em todo o país.

O presidente Omar Aziz (PSD-AM) se manifestou sobre a "imunidade de rebanho" e disse que aqueles que defendem esta estratégia são "cúmplices de assassinato". O senador destacou que o próprio presidente Jair Bolsonaro minimizou a doença e a chamou de "gripezinha", alegando que o seu "histórico de atleta" o deixava seguro.

Segundo Aziz, este pensamento de deixar morrer os "mais fracos" já é bem conhecido na história mundial.

"Essas pessoas são cúmplices de assassinato. Pessoas sem conhecimento nenhum defendem: os fortes sobreviverão e os fracos morrerão. Isso que o presidente disse, 'eu sou atleta'. Imunização de rebanho, para quem está me ouvindo aqui, é 'se infecte com o vírus, mas se tiver algum tipo de problema, vai morrer, e os fortes sobreviverão. É histórico isso", disparou.

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