Política

CPI da Covid vai oferecer proteção a sócio de empresa que importou Covaxin e a deputado irmão de servidor

Jefferson Rudy/Agência Brasil
Bnews - Divulgação Jefferson Rudy/Agência Brasil

Publicado em 24/06/2021, às 10h45   Luiz Felipe Fernandez


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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid vai acionar os advogados de Francisco Maximiano, sócio da Precisa Medicamentos, contratada pelo governo brasileira para ajudar na importação da Covaxin, para perguntar se o empresário quer proteção especial como testemunha.

O mesmo será feito com o deputado Luís Miranda (DEM-DF) e com o seu irmão, Luís Ricardo Miranda, servidor do Ministério da Saúde, que diz ter sido pressionado para agilizar a negociação da vacina indiana para a Covid-19, que foi adquirida por um sobrepreço de 1000% pelo governo brasileiro. 

Eles irão depor nesta sexta-feira (24) à Comissão.O relator Renan Calheiros (MDB-AL) pediu que fosse determinada a proteção ao deputado e o irmão após a declaração do Secretario-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni, de que Luís Miranda iria "pagar" pela "irresponsabilidade" e que iria "se entender" não apenas com "Deus".

"Deputado Luís Miranda, Deus tá vendo. Mas o senhor não vai se entender só com Deus não, vai se entender com a gente também. E vem mais: o senhor vai explicar e o senhor vai pagar pela sua irresponsabilidade, pelo mau-caratismo, pela má-fé, pela denunciação caluniosa e pela produção de provas falsas", disse Lorenzoni a jornalistas.

O senador governista questionou a necessidade de proteção às testemunhas que não solicitaram. Omar Aziz, presidente da CPI, contemporizou e acatou parcialmente a sugestão. Ele disse que não iria tomar a decisão, mas que a Comissão procuraria as testemunhas para perguntar se querem a proteção.

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