Política

Alden chega acompanhado de advogado e assessores para prestar depoimento no Conselho de Ética 

Vagner Souza / BNews
Bnews - Divulgação Vagner Souza / BNews

Publicado em 07/07/2021, às 11h03   João Brandão


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O deputado estadual Capitão Alden (PSL) chegou ao Conselho de Ética da Assembleia Legislativa no fim de manhã desta quarta-feira (7) acompanhado de assessores e do seu advogado, Antônio Balbino Prazeres. O bolsonarista responde processo por quebra de decoro parlamentar por ter acusado parlamentares da oposição de receberem R$ 1,6 milhão da prefeitura de Salvador. Os acusadores apontam acusação de propina, o deputado afirma que não foi essa a interpretação do vídeo divulgado em suas redes sociais. 

Alden pode ser cassado no Plenário da Assembleia. Essa é a punição máxima prevista no Código de Ética de Decoro do legislativo baiano. Contudo, pelo apurado, há um acordo de suspensão do cumprimento do seu mandato por um período módico. 

Os esclarecimentos do deputado acontecem após apresentação da sua defesa formal ao colegiado, presidido pelo deputado Marquinho Viana (PSB). O caso é relatado pelo deputado Luciano Simões (DEM).

Planejamento

O BNews apurou na terça-feira (6), véspera do depoimento, que o líder da bancada de Oposição e vice-presidente do Conselho de Ética, o deputado Sandro Régis (DEM) planeja questionar o parlamentar sobre os fundamentos da acusação feita contra ele e os colegas de grupo.

O fato foi confirmado pelo democrata. “Vamos fazer nosso papel como membro do Conselho de Ética. Estou formulando minhas perguntas com meu advogado”. 

Integrante da bancada governista, Bobô (PCdoB) garantiu que os membros do colegiado não têm mantido contato um com o outro sobre o processo contra Alden, para que cada um "tenha a sua concepção sobre o assunto".

"Estou na expectativa pra ouvir como ele vai nos convencer que foi um equívoco, como ele mesmo já disse [...] Ele tem o direito dele de defesa e se precisar de mais algum tempo, a gente vai dar também, até discutimos isso no conselho", disse o deputado.

Também da base de Rui Costa (PT), Zé Raimundo (PT) afirmou que o deputado bolsonarista levantou suspeita sobre os colegas de forma "inconsequente". "Naturalmente, criou um clima muito ruim dentro da AL-BA", avaliou.

A punição ao parlamentar do PSL pode ir de uma advertência até a cassação do mandato. "É claro que algum tipo de punição tem que ter e que se cumpra o papel do Conselho de Ética, que é de orientar. Não pode o parlamento ser o lugar da agressão, do ‘disse-me-disse’", afirmou Zé Raimundo.

O petista, no entanto, diz que espera o parecer do relator para formar a sua posição sobre o caso. "Eu sigo a orientação do meu partido, da defesa das instituições. Isso será um balizador, sempre, da minha leitura do parecer", acrescentou.

Compõem ainda o Conselho de Ética Euclides Fernandes (PDT), Fabíola Mansur (PSB) e Aderbal Caldas (PP) - este último em substituição ao correligionário Jurandy Oliveira.

Apesar de afirmar que ainda não está devidamente inteirado sobre o caso, Caldas não acredita que o ocorrido tenha sido grave. 

"Por enquanto eu não sei. Eu não gosto de me antecipar aleatoriamente, de opinar uma coisa que eu não estou devidamente inteirado [...] Não acho que o caso dele seja tão grave”, disse.

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