Política

Mário Negromonte Jr. defende que Ricardo Barros seja ouvido pela CPI da Covid-19: “direito à ampla defesa”

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O líder do governo na Câmara dos Deputados teve o nome envolvido nas negociações para aquisição da Covaxin  |   Bnews - Divulgação João Brandão/ BNews

Publicado em 09/07/2021, às 12h14   João Brandão* e Márcia Guimarães


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O deputado federal Mário Negromonte Jr. (PP-BA) defendeu que o líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), seja ouvido pela CPI da Covid-19 antes do recesso parlamentar, para que possa se defender das acusações de irregularidades nas negociações para aquisição da Covaxin, vacina contra a Covid-19 produzida por um laboratório na Índia. O depoimento estava marcado para quinta-feira (8), mas foi adiado para o próximo dia 20.

Negromonte esteve nesta sexta-feira (9) na inauguração da 19ª Policlínica de Saúde em Ribeira do Pombal, ao lado do governador Rui Costa (PT). Sobre o colega de partido, o deputado fez questão de dizer que não conhece o tema e não esteve com Barros esta semana. 

“Ele tem se colocado à disposição da própria CPI e entrou na Justiça para falar sobre o que ocorreu, sobre o nome dele. Eu não conheço o assunto, não tem reunião do partido para falar sobre isso, só há explicações que ele dá na mídia e nas redes sociais dele[...] No partido, obviamente que, se o companheiro nosso de partido fala que não tem nenhuma relação com isso [denúncia de corrupção], a gente tem que acreditar até que se prove o contrário”, argumentou Negromonte.

O deputado destacou que Barros precisa ter direito à ampla defesa, ao contraditório, inclusive na CPI, pois as pessoas que foram acusadas de alguma irregularidade em relação às vacinas tiveram a oportunidade de ir na CPI e o líder do governo na Câmara “também tem esse direito”.  

“Ele [Barros] acha que o nome dele está sendo manchado e não está tendo oportunidade de se defender. Nesse ponto, concordo com ele. A CPI tem que ouvi-lo”, reforçou o parlamentar. 

Em depoimentos à CPI em 25 de junho, o deputado Luis Miranda (DEM-DF) e o irmão dele, Luis Ricardo Miranda, servidor do Ministério da Saúde, disseram ter avisado ao presidente Jair Bolsonaro sobre as suspeitas envolvendo as negociações para a compra da Covaxin, nas quais teria ocorrido um pedido de pagamento por fora do contrato para importação,  e teriam ouvido como resposta que isso ‘era coisa do Ricardo Barros’.

*O repórter viajou para Ribeira do Pombal a convite do Governo do Estado

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