Política

Mínimo não deve ultrapassar R$ 540

Publicado em 17/11/2010, às 20h56   Redação Bocão News



Enquanto cogitam o aumento dos seus salários em 61%, se equiparado aos vencimentos dos ministros do Supremo Tribunal Federal, ou mesmo 17,8%, correspondente à inflação acumulada nos últimos quatro anos, os deputados da base do governo mostram-se cautelosos quanto ao reajuste do salário mínimo, um dos principais temas da reunião do Conselho Político nesta quarta-feira (17), no Palácio do Planalto.

Na reunião, da qual participaram líderes partidários da base do governo e ministros, o relator do Orçamento de 2011 e líder do PTB no Senado, Gim Argelo (DF), demonstrou a preocupação de que qualquer percentual de reajuste concedido este ano acumule com o aumento do próximo ano e que isso pese sobre a Previdência Social.
Segundo o relator do Orçamento, tem margem para aumentar um “pouquinho” o salário mínimo, mas aumentar para R$ 560 ou R$ 570 este ano, pode elevar o valor do mínimo para R$ 700 no próximo. Segundo ele, tem governador alegando não ter condições de arcar com a Previdência, explicou o relator. “Quem tem que ver isso é o ministro da Previdência. Ele me pediu para segurar em R$ 540 por enquanto.

O líder do governo na Câmara Federal, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), também demonstrou preocupação com qualquer proposta que gere aumento de gastos para o próximo ano. Ele não incluiu aí o reajuste do salário do Legislativo e do Executivo, incluindo aí o de presidente. Segundo ele, a situação da economia internacional ainda é instável e isso deve ser observado nos projetos que serão votados no Congresso Nacional.

Segundo Vaccarezza, há uma preocupação muito grande na Câmara em não deixar que seja aprovada nenhuma proposta ou matéria que aumente significativamente os gastos para o próximo ano e crie problemas para Dilma. A argumentação foi tema de uma das primeira reuniões da presidente eleita com a equipe de governo Lula.

Já o líder do PR, deputado Sandro Mabel (PR-GO), disse que é sempre a favor do aumento do mínimo, mas ressaltou que é preciso dosar o reajuste para não tirar a capacidade de a população poupar.
Alexandre Padilha, ministro de Relações Institucionais, afirmou que o governo vai manter sua política de valorização do salário mínimo.  Ressaltou, no entanto, que será mantido o valor de R$ 540 para o próximo ano e não haverá aumento maior, nem na margem de R$ 570 apontada como possível pelo relator do Orçamento.

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