Política

Pinheiro reconhece derrota no Senado

Imagem Pinheiro reconhece derrota no Senado
Líder do PT na Casa responsabiliza peemedebistas pela “rebelião”  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 09/03/2012, às 17h10   Luiz Fernando Lima




A maioria dos senadores presentes na sessão da última quarta-feira (7) rejeitou a indicação da presidente Dilma Rousseff (PT) para reconduzir Bernardo Figueiredo (PMDB) à direção da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). O painel marcou o resultado: 36 votaram contra, 31 a favor e 1 senador se absteve. A presidente lamentou a decisão, mas sinalizou que vai indicar outro em breve.

O líder da bancada do PT na Casa, Walter Pinheiro, reconheceu a derrota governista em entrevista á reportagem do Bocão News momentos antes de José Sérgio Gabrielli tomar posse como secretário estadual do Planejamento (Seplan). De acordo com Pinheiro, a decisão foi uma mensagem clara de que há uma insatisfação dos peemedebistas, mas a disputa é entre correligionário e não envolve, necessariamente, a condução do governo petista.

“Representou uma derrota sim. Agora, não tem uma relação com coisas do governo. Se eles quisessem derrotar o governo teriam votado contra um projeto. Bernado Figueiredo é um nome que pode ser trocado. Na realidade, é uma coisa muito mais interna do PMDB. Eles acharam por bem expressar esta falta de interlocução nesta situação. Os senadores estão questionando a liderança de Renan Calheiros, José Sarney e Romero Juca. Eles resolveram dizer ao governo que os interlocutores não são apenas estes”, avalia Pinheiro.

Em declarações ao G1, Romero Juca, líder do governo no Senado, analisou de outra forma. “Foi uma posição política de pessoas não satisfeitas. Tem insatisfação em todos os partidos. [...] Temos que entender o recado e levar ao governo. Temos que aprofundar as relações políticas e acabar com os problemas. É o ministro que não atendeu, é a emenda que não saiu. Alguns senadores estão desgostosos. Não tem um problema específico com o PMDB”.

Planejamento

Para o senador, a saída de Zezéu  e entrada de Gabrielli não muda a dinâmica da pasta. O próprio Pinheiro foi o segundo secretário a assumir a Seplan. São cinco com o novo. “ Eu acho bom para a Bahia. Óbvio que a saída de Zezéu é a saída de uma figura importante, que sempre se preocupou com o planejamento, mas ganha a Bahia por trazer alguém que comandou uma companhia que tem 70 vezes mais capacidade de investimento que o estado.Nós temos uma capacidade de investimento de R$ 1.2 bilhão. Este ano, dos R$ 106 bi de investimentos das estatais do país, R$ 78 bi são da Petrobras”.

Segundo Pinheiro, as mudanças na pasta não interromperam os processos em andamento. Ao contrário, o senador acredita que para cada momento um quadro com perfil específico para a função foi escolhido. “Neste momento a troca se deve à lógica de aproveitamento de um quadro que ficou disponível no cenário nacional cuja as características se encaixam muito mais na Seplan que nas outras secretarias. O governador resolveu fazer esta mudança. Não acredito que ocorrerá problemas de solução de continuidade. Ao contrario, José Sérgio tem condições de tocar tranquilamente os projetos encabeçados por nós e Zezéu e tem a condição de dar este upgrade com experiência que adquiriu dirigindo uma das maiores empresas de petróleo do mundo”.

Foto: Gilberto Júnior // Bocão News

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp