Política

CPI da Covid: Senadores ouvem reverendo que tentou intermediar negociação de vacinas

Reprodução/Agência Senado
Amilton Gomes é fundador da Senah (Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários), uma associação evangélica privada, e foi apontado pelo policial militar Luiz Paulo Dominguetti como um dos responsáveis pela negociação.  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Agência Senado

Publicado em 03/08/2021, às 08h03   Redação BNews


FacebookTwitterWhatsApp

Na volta do recesso parlamentar, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid ouve nesta terça-feira (3), a partir das 9h, o reverendo Amilton Gomes, apontado como um dos intermediadores da negociação paralela para compra de 400 milhões de doses da vacina AstraZeneca pelo governo federal. A aquisição de vacinas com intermédio de pessoas não ligadas ao Planalto será o foco da Comissão, que recolheu diversas informações neste tempo de recesso. 

Amilton Gomes é fundador da Senah (Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários), uma associação evangélica privada, e foi apontado pelo policial militar Luiz Paulo Dominguetti como um dos responsáveis pela negociação. Em uma troca de mensagens com Cristiano Carvalho, outro representante da Davati no Brasil, ele teria inclusive dito que a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, estaria "no circuito" com o reverendo para facilitar que o assunto chegasse no governo.

Dominguetti acusa o ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, de pedir propina de US$ 1 por dose negociada. Ele alega que após o encontro, procurou a Senah para ajudar na negociação com a pasta. 

Pelo menos três pessoas ligadas ao reverendo afirmam que ele se encontrou com o presidente Jair Bolsonaro, mas o fato não foi confirmado por nenhum dos envolvidos. Em mensagem enviada a Dominguetti, Amilton Gomes diz que falou "com quem manda" e que haveria uma "corrida" para garantir as vacinas.

“Ontem falei com quem manda! Tudo certo! Estão fazendo uma corrida compliance da informação da grande quantidade de vacinas!”, disse o reverendo, que nega ter se encontrado com Bolsonaro.

O depoimento do evangélico estava marcado para o dia 14 de julho, mas foi adiado após pedido por motivos de saúde. Uma perícia médica confirmou um problema renal e a depoimento foi reagendado.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp