Política

CPI da Covid: Reverendo nega que tenha negociado vacinas em nome do governo

Jefferson Rudy/Agência Senado
Depoimento de Amilton Gomes de Paula marca retorno dos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito após três semanas de recesso e é considerado peça-chave   |   Bnews - Divulgação Jefferson Rudy/Agência Senado

Publicado em 03/08/2021, às 13h37   Redação BNews


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O reverendo Amilton Gomes de Paula negou em depoimento à CPI da Covid, nesta terça-feira (3), que tenha negociado vacinas contra o novo coronavírus em nome do governo federal.

Fundador da Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (Senah), entidade privada, ele é suspeito de negociar a venda de 400 milhões de doses da AstraZeneca a um valor acima do mercado. 

O depoimento, que marca o retorno dos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito após três semanas de recesso, é considerado peça-chave para mostrar como o governo brasileiro negociou a aquisição de imunizantes por meio de intermediários.

Amilton de Paula afirmou que está sendo "usado de maneira ardilosa para fim espúrios". "Vimos um trabalho de mais de 22 anos de uma ONG, entidade séria, voltado para ações humanitárias, educacionais, jogado na lama. Trazendo prejuízo na sua credibilidade e atingindo seus integrantes, nas relações profissionais e familiares", declarou.

O reverendo disse também não conhecer nenhum integrante do governo federal.

'Capitã Cloroquina'

Antes do início do depoimento, os senadores aprovaram um pedido à Justiça de afastamento de Mayra Pinheiro, secretária de Gestão do Trabalho e da Educação do Ministério da Saúde.

Conhecida como "Capitão Cloroquina" por defender o uso do medicamento ineficaz no tratamento da Covid-19, ela está entre as 14 pessoas listadas pelo relator Renan Calheiros (MDB-AL) como investigadas pela comissão.

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