Inconformados com a proposta apresentada pela prefeitura de Camaçari, durante a rodada de negociação desta segunda-feira (12), os servidores públicos municipais manifestaram-se contra o valor oferecido. Ainda muito distante de um acordo, o governo avançou e passou de 6% para 6,5%, além de auxílio alimentação de R$ 4 para funcionários de 40 horas. Os trabalhadores recuaram no pedido de reajuste salarial de 46% para 26% e de R$ 10 para R$ 8 de auxílio alimentação para todos os servidores.
Quanto ao tranporte dos servidores, ao governo não apresentou proposta. Os servidores querem vale transporte para os funcionários que ganham até R$ 1,5 (mil e quinhentos reais), gratuidade no transporte público para os agentes de endemias, e inclusão nos roteiros da prefeitura já existentes para os demais servidores. A servidora pública de Camaçari, Vera Assunção, na manhã desta segunda-feira (12), se acorrentou em uma árvore em frente a prefeitura para protestar contra a proposta oferecido pelo Executivo Municipal. Vera é assitente administrativo e trabalha há 26 anos na prefeitura. De acordo com a servidora, que atua na Unidade de Saúde da Família do Gravatá, "o salário é assim, amarrado. Quero apenas ter o direito de me alimentar. Não consigo fazer nada, não pago minhas dívidas, nem compro nada. Não tenho um ovo pra comer em casa", desabafou. Hoje, a greve dos servidores completa cinco dias e ocorreu a sexta rodada de negociação.
Também na manhã desta segunda-feira, os ânimos se acirraram quando os trabalhadores resolveram ocupara a entrada principal do prédio onde fica o gabinete do prefeito. A segurança da prefeitura chamou os representantes do sindicato da categoria que participavam da mesa de negociação para tentar acalmar os manisfestantes. Alguns servidores discordaram da solicitação, mas atenderam o pedido e se retiraram do prédio. A segurança foi reforçada no local.
A sétima rodada de negociação foi agendada para quarta-feira (14), às 8h30.