Política
Publicado em 12/08/2021, às 10h56 Marcos Maia
O deputado federal, e presidente do PDT da Bahia, Félix Mendonça Jr. avalia que o retorno das coligações partidárias para as eleições de 2022, que passou na Câmara na noite da última quarta-feira (11), deve contribuir para a deterioração da política partidária brasileira.
Seguindo orientação da legenda, o parlamentar foi um dos que votou contra a retomada das alianças partidárias que haviam sido extintas em 2017. Na mesma ocasião, o PDT também colaborou para que o chamado “distritão” fosse derrotado no Legislativo.
O modelo permitiria a eleição direta de deputados federais, estaduais e vereadores - o que comprometeria a representatividade dos partidos dentro do jogo democrático.
"As coligações são feitas apenas por contas aritméticas, somente para eleger mais pessoas. Ou seja, você junta alhos com bugalhos. Você não tem coligação por ideologia. Você perde a identidade do partido também", opinou ao BNews nesta quinta-feira (12).
Ele também avalia que a manobra foi realizada "em cima da hora", tendo em vista as eleições do ano que vem, e que, provavelmente, a regra deva mudar novamente no futuro.
"Não podemos ter, a cada eleição, uma nova regra. Se essa regra tivesse de valer, teria de valer para as eleições de 2026, e não para as próximas eleições. Isso é praticamente legislar em causa própria", defendeu.
Mendonça Jr disse também que espera que a proposta seja derrotada no Senado, embora pondere que, "havendo um acordão", há chances de a medida ser chancelada por lá. "Minha esperança é que barrem. [...] O sistema político-partidário no Brasil tem de ser fortalecido - e não é com modificações a cada eleição que vamos fortalecê-lo", concluiu.
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