Política

Presidente do Senado afirma que processo de impeachment de Moraes e Barroso “não é recomendável”

Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Rodrigo Pacheco destacou ainda que precisamos ter "um minuto de paz no Brasil  |   Bnews - Divulgação Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Publicado em 17/08/2021, às 22h03   Redação Bnews


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O Senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), presidente do Senado, afirmou nesta terça-feira (17) que a abertura de processo de impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) "não é recomendável para um Brasil que espera uma retomada do crescimento". Cabe ao senador deliberar sobre a aceitação ou não de um eventual pedido de afastamento dos ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, divulgado pelo presidente Jair Bolsonaro no último final de semana e reiterado nesta terça-feira.

Nos bastidores, aliados de Bolsonaro vêm tentando convencer o presidente a não levar a promessa adiante, mas, até o momento, os argumentos não têm surtido efeito.

Em entrevista a jornalistas na manhã desta terça, Rodrigo Pacheco afirmou que “Já há pedidos de impeachment de ministros do STF no âmbito do Senado. A presidência entendeu que não havia ambiente e nem justa causa para o encaminhamento e evolução desses pedidos porque entendemos que precipitarmos uma discussão de impeachment, seja do Supremo, seja do Presidente da República, ou qualquer tipo de ruptura, não é algo recomendável para um Brasil que espera uma retomada do crescimento, uma pacificação geral, uma pauta de desenvolvimento, de combate à pobreza e ao desemprego. Essa pauta ficaria prejudicada com o esgaçamento das instituições”.

Questionado sobre a promessa de Bolsonaro de apresentar pedido de impeachment de Barroso e Moraes, Pacheco disse que é preciso aguardar para saber se o fato será levado adiante:

“Vamos aguardar os desdobramentos, naturalmente que toda iniciativa do presidente da República deve ser considerada, mas é melhor aguardar que os acontecimentos surjam para que haja um posicionamento formal do Senado”.

Já sobre uma possível ameaça do presidente e interferência no Judiciário, Pacheco respondeu que "a livre manifestação de pensamento e o direito de petição pertence a todos os brasileiros". 

Porém, ponderou que é importante que as instituições responsáveis exerçam o poder de decisão.

“O Senado tem maturidade, é uma Casa de homens e mulheres experimentados, experientes, que não se intimidam e que naturalmente haverá de decidir da melhor forma possível, no momento certo, todas as questões, por mais polêmicas que sejam apresentadas ao Senado. O Senado vai ter o dever de se manifestar com a altivez que lhe é peculiar”.

O presidente do Senado afirmou ainda que para que se possa ter "um minuto de paz no Brasil", "o diálogo precisa estar presente sempre entre os chefes de poderes e as instituições”. 

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