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Roma intensifica críticas ao PT na Bahia e amplia defesa a Bolsonaro após enviar Auxílio Brasil ao Congresso

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Publicado em 20/08/2021, às 06h30   Pedro Vilas Boas


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O ministro da Cidadania, João Roma (Republicanos), adotou uma postura mais incisiva contra o PT na Bahia nos últimos dias e tem defendido mais enfaticamente o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A crítica mais recente foi sobre a violência registrada no bairro de Valéria, em Salvador, nos últimos dias, que segundo ele decorre do “desgoverno do PT”.

"Violência em Valéria e por toda a Bahia. Comércio fechando e comunidade assustada. Recorde em mortes violentas é o resultado de 16 anos de desgoverno do PT. A Polícia precisa de apoio, gestão e estrutura para combater o crime. Mas o PT não pensa assim. Quem sofre é o povo baiano", escreveu no Twitter.

Depois de terem enviado ao Congresso a proposta do Auxílio Brasil, principal pauta da pasta, o deputado federal licenciado e sua equipe avaliaram a necessidade de avançar mais abertamente no terreno político estadual, a fim de ampliar as condições para uma candidatura de terceira via em 2022.

"Isentão"

Roma tem dito a interlocutores que precisa ocupar o espaço de antagonista dos petistas na Bahia, função que, na avaliação do ministro, não tem sido cumprida pelo ex-prefeito de Salvador ACM Neto, pré-candidato do DEM ao governo do estado. "Neto adotou essa postura de 'isentão', então não posso ficar calado. Rui [Costa] toda hora batendo no presidente", disse a um aliado.

O ministro estreou a postura mais indignada contra a gestão Rui Costa no último dia 6, quando a Medida Provisória (MP) do Auxílio Brasil já estava prestes a ser enviada aos parlamentares. A proposta foi apresentada no dia 10. Ele escreveu no Twitter que a desistência de comprar a Sputnik V, vacina russa contra a covid-19, pelos governadores do Nordeste era um "fracasso do PT da Bahia".

"Sputnik V, a vacina que foi sem nunca ter sido. Fracasso do PT da Bahia, que fez propaganda, falou, falou e agora saem de fininho e desistem. O fato é que quem tem disponibilizado vacina para nosso povo é o governo Jair Bolsonaro", disse.

Apenas três dias depois, Roma voltou ao Twitter para dizer que o governo Rui Costa fracassou no investimento ao esporte. Alguns dias antes, as críticas ao petista do boxeador baiano Robson Conceição, medalhista olímpico, justamente por falta de investimento no setor tinham vindo à tona.

Candidatura

O ministro João Roma ainda tem uma decisão a tomar: se será candidato ao governo da Bahia como representante de Bolsonaro. Após romper com ACM Neto e se alinhar ao presidente, o nome do deputado federal licenciado tem sido especulado na disputa.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estabelece que ministros de Estado têm que se desincompatibilizar do cargo até seis meses antes do pleito. Portanto, Roma tem até abril do próximo ano para divulgar qual será seu caminho na política.

Tem sido analisada a possibilidade de o ministro sair candidato ao governo contra ACM Neto e Jaques Wagner (PT), apoiando sua esposa, Roberta Roma, como candidata a deputada federal. Com isso, caso perdesse a eleição - o que está sendo considerado como provável -, estaria, de certa forma, presente na Câmara dos Deputados.

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