Política

"Figuras públicas não podem continuar ameaçando as instituições impunemente", opina historiador sobre mandado contra Sergio Reis

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Ao todo, 13 mandados foram autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes e atendem a um pedido da subprocuradora Lindora Araújo, da Procuradoria-Geral da República (PGR).  |   Bnews - Divulgação Reprodução/YouTube/ Portal Metro1 - Rádio Metropole

Publicado em 20/08/2021, às 11h42   Redação BNews


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Carlos Zacarias, doutor em história e professor da UFBA especializado em história política, comentou nesta sexta-feira (20) os mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) contra o deputado Otoni de Paula e o cantor Sérgio Reis.

Ao todo, 13 mandados foram autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes e atendem a um pedido da subprocuradora Lindora Araújo, da Procuradoria-Geral da República (PGR).

A ação acontece após vazamento de um áudio em que Reis defende uma paralisação de caminhoneiros para pressionar o Senado a afastar ministros do STF e instituir o voto impresso - proposta derrotada pela Câmara no último dia 10.

"Figuras públicas não podem continuar ameaçando as instituições impunemente achando que não há lei no país", opinou em entrevista ao Jornal da Bahia no Ar. Zacarias também comentou a prisão preventiva do presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson

O professor lembrou que o ex-deputado federal, e atual expoente do bolsonarismo, nos últimos tempos, aparecia constantemente armado diante das câmeras por inúmeras vezes, ameaçando instituições do País.

Neste contexto, Zacarias defendeu a existência do inquérito das Fake News, aberto por meio de ofício pelo STF com o objetivo de investigar calúnias e ameaças contra os ministros da Suprema Corte. 

Para o professor, a investigação relatada pelo ministro Alexandre de Moraes, é necessária para reparar os danos provocados pela disseminação de boatos no país deste 2018 - ano da última eleição presidencial. 

"Não é possível que as pessoas achem que podem praticar fake news, disseminar ódio, agitar uma parte da população que está ressentida, e passar impunimente", acrescentou.

Zacarias avalia que se faz necessário eliminar as constantes crises institucionais recentes  para que o Brasil possa chegar a 2022 "em paz e com as instituições funcionando", viabilizando que o próximo presidente assuma em um cenário de normalidade democrática.

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