Política

Após sugerir polígrafo para Lula, Bial formaliza convite ao ex-presidente

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Publicado em 24/08/2021, às 06h12   Folhapress


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Em uma conversa cortês e costurada com elegância, mas tampouco sem deixar de lado questões indigestas, Pedro Bial entrevistou Fernando Haddad, candidato do PT derrotado por Jair Bolsonaro nas últimas eleições presidenciais. Ao final da edição, Bial formalizou, publicamente, um convite para que o ex-presidente Lula vá ao seu programa na Globo.

“Professor, primeiro quero agradecer a sua elegância e gentileza de sempre, mas eu queria fechar essa conversa quem sabe abrindo portas para uma outra conversa. Você sabe que quando eu fui estrear esse programa no início de 2017, sabe quem foram os dois primeiros convidados pra esse programa? Um foi o Fernando Henrique. E o outro…?”, perguntou Bial. “Imagino que o Lula”, respondeu Haddad. “Então”, seguiu Bial, “o convite continua em aberto”.

“Farei chegar a ele, com toda a certeza”, disse o petista. “Ele vai, provavelmente, assistir ao seu programa e vai saber que a casa está aberta pra um bate-papo.”

Bial então lembrou ao público que vem realizando uma série de entrevistas relacionadas à sucessão presidencial de 2022. “Lembrando aos espectadores que a conversa com Fernando Haddad faz parte de uma série de programas deste ano com nomes da política que serão decisivos na campanha para as eleições de 2022”, explicou.

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Embora a produção do programa já venha negociando a vinda do ex-presidente ao programa, o convite de Bial é a primeira demonstração pública do jornalista desde que ele disse, no Manhattan Connection, que só aceitaria entrevistar Lula com um polígrafo. O uso do detector de mentiras, explicou na ocasião, fora uma reação à exigência de Lula para que a entrevista fosse ao vivo, insinuando que a edição não seria leal ao que o político viesse a dizer.

Pouco depois do Manhattan, a fim de contextualizar o que lá foi dito, Bial assinou um texto para a Folha em que explicou que o ex-presidente nunca se manifestou traído pelas entrevistas que lhe deu, ou não até 2014, quando teria acusado o jornalista, diante de uma plateia de militantes, de agressividade durante uma gravação no final de 2005, queixa que ele não fizera na ocasião –muito pelo contrário, no relato do apresentador.

Agora, feito o afago no ar, Bial exibe provas de bandeira branca e joga a batata no colo do petista, deixando claro para a opinião pública e imprensa que este diálogo só depende dele.

Há poucos dias, Bial recebeu no programa o presidenciável Ciro Gomes, um dos assuntos mencionados na conversa desta segunda com Haddad. Outros pontos da entrevista com o paulistano foram a suposta inconveniência de ele ter ficado tão colado a Lula no breve período em que foi candidato oficial, as divergêncvias com Dilma Rousseff quando ela era presidente e ele, prefeito de São Paulo, e os 20 centavos de aumento da passagem de ônibus que culminaram com as manifestações de 2013.

Haddad deu sua versão sobre a possível candidatura que teria Ciro como cabeça de chapa e ele, como vice. E não desmentiu o texto de abertura do programa, quando Bial o apresentou como possível ministro da economia de um futuro (e também hipotético) governo Lula.

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