Política

Suspensão de Alden vai ser votada após AL-BA destravar projetos do Executivo; Casa deve manter punição

Vagner Souza / BNews
O parecer do Conselho de Ética da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), que sugeriu suspensão de 30 dias do mandato de Capitão Alden (PSL), deve ser votado na próxima semana, após a Casa limpar ao menos dois projetos do Executivo que serão submetidos ao plenário nesta terça-feira (31), conforme apurou o BNews, com diversos líderes partidários  |   Bnews - Divulgação Vagner Souza / BNews

Publicado em 30/08/2021, às 10h21   João Brandão


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O parecer do Conselho de Ética da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), que sugeriu suspensão de 30 dias do mandato de Capitão Alden (PSL), deve ser votado na próxima semana, após a Casa limpar ao menos dois projetos do Executivo que serão submetidos ao plenário nesta terça-feira (31), conforme apurou o BNews, com diversos líderes partidários.

Tudo depende do destravamento do PL nº 24.220/2021, que altera duas leis – a que alcança o Auxílio Permanência (Lei nº 13.458) e o Programa Bolsa Presença (Lei nº 14.310) –  e do PL 24.239/2021, que propõe uma alteração na Lei nº 12.600, de 28 de novembro de 2012, que instituiu a gratificação por exercício cumulativo de atribuições do delegado de Polícia Civil. Um dos textos sofreu intervenção do deputado Soldado Prisco (PSC), que pediu vistas.

A expectativa dos deputados é de aprovar, sem susto, o parecer que pune Alden, com alguns votos contrários. "Vai ser aprovado os 30 dias. Poucos irão votar contra", avaliou o líder do bloco PCdoB e PDT, Samuel Junior. Para Diego Coronel, líder do PSD, "o sentimento da Casa é que passa".

Segundo o representante do bloco do PT Osni Cardoso, a confusão que Alden se envolveu na última quarta (25), quando o ex-presidente Lula foi a um evento na AL-BA, não terá impacto na decisão. "Não consigo perceber agravamento da situação", ponderou. Relator do parecer, deputado Luciano Simões Filho (DEM), disse que não está conversando com seus colegas sobre o assunto.

O caso

Em abril, o deputado Capitão Alden (PSL) fez uma transmissão ao vivo nas redes sociais, quando afirmou que os colegas da bancada de Oposição na AL-BA recebiam, cada um, R$ 1,6 milhão da Prefeitura de Salvador. “Eu fui eleito não foi pra ficar em casa, com medinho, sem denunciar nada. Se eu ficasse na minha, sem falar nada, eu tava feito na vida, recebendo 1,6 milhão da prefeitura, porque os deputados de oposição todos ganham R$ 1,6 milhão da prefeitura”, disse Alden.

Após a repercussão negativa do caso, o deputado bolsonarista se desculpou pelas redes sociais, durante uma sessão da Assembleia e ainda enviou uma retratação diretamente para a Prefeitura de Salvador.

Em julho, o Conselho de Ética aprovou o relatório do deputado Luciano Simões Filho (DEM), que prevê a suspensão do mandato de Alden por 30 dias. A punição branda foi feita a pedido de ACM Neto, ex-prefeito de Salvador, que avaliou como negativa uma punição maior para um colega de bancada.

O deputado bolsonarista ainda apresentou um requerimento para anular os efeitos do processo, alegando caducidade, mas a Mesa Diretora da AL-BA rejeitou.

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