Política

Investigados por organizar ato antidemocrático se reuniram em secretarias do Planalto

Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Bnews - Divulgação Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Publicado em 31/08/2021, às 08h15   Redação BNews


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Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro alvos da Polícia Federal por suspeita de organizarem atos antidemocráticos marcados para o dia 7 de setembro, se reuniram em secretarias do próprio Palácio do Planalto. Entre os investigados no âmbito da operação estão o cantor Sérgio Reis e o deputado federal Otoni de Paula.

Os encontros aconteceram na Secretaria Especial de Articulação Social, que funciona no quarto andar do Planalto e é subordinada à Secretaria de Governo, hoje comandada pela ministra Flávia Arruda (PL-DF). As reuniões nos dias 10 e 11 de agosto constam no registro oficial da secretária de Articulação Social, Gabriele Araújo.

Nas últimas semanas, bolsonaristas vinham convocando para a manifestação por meio das redes sociais, com incitações à violência e ao fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso Nacional.

No dia 10, está na agenda a pauta com o "Movimento Brasil Verde e Amarelo",  grupo formado por sindicatos e associações rurais que convocou, no final de maio, uma manifestação em apoio a Bolsonaro em Brasília. Entre as bandeiras do ato estava a proposta do voto impresso, rejeitada pela Câmara em agosto. Antonio Galvan, presidente da Aprosoja Brasil (Associação Brasileira dos Produtores de Soja) e um dos investigados no Supremo, foi recebido neste dia na secretaria.

"Fui fazer uma visita de cortesia lá para ela [a secretária Gabriele Araújo]. Que a gente já conhecia, [a gente] falou que ia passar uma hora para bater um papo com ela", afirmou Galvan ao UOL.

Questionada, a Secretaria do Governo confirmou o encontro e se resumiu a responder em nota que no dia "foram discutidas pautas de interesse dos solicitantes", sem fornecer maiores detalhes.

No dia seguinte, foi a vez de representantes ligados aos caminhoneiros aparecerem no Planalto. Turíbio Torres, Juliano Martins e Marcos Antônio Pereira, conhecido como Zé Trovão, todos investigados pela PF, foram até à secretaria acompanhados de Rafael Dal Bó, chefe de gabinete do deputado Nelson Barbudo (PSL-MT).

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