Vereadora petista avalia que faltou 'lastro' de movimentos sociais a atos do dia 12

A vereadora de Salvador Marta Rodrigues (PT) avalia que faltou o "lastro" de movimentos sociais às manifestações de domingo (12) contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). 

Os atos, que ocorreram em diversas capitais do Brasil e foram puxados por movimentos de direita, como MBL e Vem Pra Rua, e com participação de setores de centro e centro-esquerda, foram marcados em todo o país por uma baixa adesão. Principal partido da oposição a Bolsonaro, o PT não convocou a sua militância para os protestos. 

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"Os movimentos sociais têm um lastro social muito forte, é bem enraizado. Então quando esses movimentos não vão também, não aderem a uma manifestação, acaba tendo o reflexo que foi no domingo", afirmou Marta em entrevista ao BNews, durante a entrega de uma obra de contenção de encosta do governo do estado no bairro de Marechal Rondon, na capital baiana.

"É só você olhar o que foi dia 7, que teve duas. A que nós estávamos, foi a que os movimentos sociais estavam também, no Campo Grande, foi em contraponto ao que estava acontecendo lá [na Barra]. Era contra o aumento da gasolina, contra o aumento do gás de cozinha, que ninguém aguenta mais [...] a luta pela democracia... Então a nossa luta foi essa. Junto com as igrejas, que também puxam todo ano, o Grito das Excluídas e dos Excluídos, então deu aquele número. Cinco dias depois veio uma outra que não teve um lastro, um apoio dos movimentos. Então foi aquele esvaziamento que a gente viu na Barra. Nem só aqui, mas no Brasil inteiro. Pra gente perceber o quanto os movimentos sociais têm força e têm capilaridade pra dar sustentação a um ato como esse", prosseguiu.

Questionada sobres as manifestações de apoio ao governo do dia 7 de Setembro, a petista afirmou que não ficou surpresa com a quantidade de pessoas que foi às ruas.

"A gente nunca pode subestimar os movimentos, os atos que acontecem. A gente tem que está sempre acompanhando, mas subestimar, jamais", declarou.