Política

PSD busca mudar imagem de partido sem vínculos populares

Imagem PSD busca mudar imagem de partido sem vínculos populares
Militante da legenda é presidente da UGT. Terceira maior central sindical do país   |   Bnews - Divulgação

Publicado em 21/03/2012, às 17h42   Luiz Fernando Lima


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O ato solene do PSD na manhã da última terça-feira (21) ficou marcado pelo anúncio, já esperado, de apoio à candidatura de Nelson Pelegrino. No entanto, o evento se propôs a trazer para a discussão outros pontos importantes para os membros da nova agremiação partidária.

O vice-presidente estadual do partido, deputado estadual Gildásio Penedo, destacou a primeira reunião dos movimentos sociais ligados ao PSD, principalmente, a União Geral dos Trabalhadores (UGT), liderada por Ricardo Patah.

A UGT é a terceira maior central sindical do país – fica atrás da CUT e da Força Sindical -. A entidade reúne cerca de 1.3 mil associações, tendo algo em torno de 4 milhões trabalhadores ligados a ela. Na Bahia, de acordo com Penedo, 160 sindicatos estão vinculados à central.

Um levantamento feito pelo jornal Valor Econômico identificou que a categoria dos comerciários é a que tem o maior número de representados na UGT. Na Bahia, de acordo com o impresso, o número de trabalhadores deste segmento ligados à central comandada pelo PSD chegava, em setembro último, aos 300 mil.

Para Penedo, o evento foi importante para derrubar a tese de que o PSD é um partido sem vinculações com a sociedade civil organizada, “como pregaram alguns” à época da criação da legenda. “Nós (PSD) entendemos que nenhum partido pode desempenhar o seu papel sem que haja participação da sociedade civil nos seus quadros”.

Em conversa com a reportagem do Bocão News, o vice-presidente da legenda reiterou o apoio ao pré-candidato petista, bem como, defendeu a coligação na proporcional. Contudo, Penedo não antecipou se o acordo para fechar o vice na chapa já foi feito. Diversos partidos da base aliada pleiteiam a vaga.

Um parlamentar do partido afirma que o interessante é que, em caso de confirmação do vice, a composição seja feita respeitando os mesmos parâmetros que a do governo estadual. Além de vice, uma secretaria. Embora, o mesmo legislador reconheça que neste caso é mais difícil costurar, vez que, Otto Alencar, presidente estadual do PSD, goza de um prestigio pouco comparável com o de qualquer outro membro.

Dentro da sigla, como já noticiado nos diversos meios de comunição, o nome do deputado estadual e ex-presidente da Câmara Municipal de Salvador, Alan Sanches, é o que aparece como escolha natural. Em razão da densidade eleitoral que o ex-peemedebista tem. Ele mesmo faz mistério e prefere aguardar o momento oportuno para se pronunciar. Antes, Sanches apenas diz que se sente lisonjeado por ter o nome cotato.

São Paulo

Se na Bahia o aliança entre PT e PSD está fechada, em São Paulo a história é outra. No maior colégio eleitoral do país, os sociais-democratas estão umbilicalmente ligados aos tucanos, principalmente, a José Serra.

Embora o presidente nacional da legenda e prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab tenha se aproximado dos petistas, de um modo geral, por lá, o apoio dele deve ficar para o candidato que o chamou para vice e criou as condições para que assumisse a prefeitura.

Estuda-se ainda indicar o nome de Ricardo Patah, presidente da UGT, como vice na chapa de José Serra. Entretanto, o candidato derrotado à presidência da República precisa antes vencer as prévias no ninho tucano. Se perder, o PSDB pode ver o prefeito e seus comandados partirem para o front de Fernando Haddad (PT), mesmo que pouca gente aposte nesta guinada.

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