Política

Amigo de Zé Trovão que articulou ato no 7 de setembro é suspeito de emprestar dinheiro a traficantes

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Publicado em 25/09/2021, às 13h20   Redação BNews


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O empresário Turíbio Torres, amigo de Zé Trovão e que teria sido um dos que o ajudou na articulação dos atos antidemocráticos no último 7 de setembro, é investigado por suspeita de empresar dinheiro a um traficante de drogas.

Torres foi denunciado pelo Ministério Público em julho de 2020 por prática de agiotagem e lavagem de dinheiro. O traficante para quem ele teria emprestado dinheiro é acusado de participar de uma organização criminosa com atuação em três estados, segundo informações do UOL.

Assim como Zé Trovão, ele é investigado junto a outras oito pessoas no inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre os atos no 7 de setembro, estimulados pelo presidente Jair Bolsonaro.

A Justiça determinou que Torres cumpra medidas restritivas e não pode se aproximar a menos de 1km do Senado Federal ou da sede do STF, nem utilizar as redes sociais.

A investigação que levou ao nome de Turíbio Torres teve início com a prisão em flagrante de Agemiro Agenor Galistzki, em 2019, na cidade de Barra Velha, em Santa Catarina, quando foi encontrado com mais de 800kg de maconha, armas e munição.

A casa onde Galistzki foi achado estava em nome da esposa de Torres. Em um dos celulares encontrados com o traficante tinham conversas entre os dois em que tratavam de um empréstimo de R$ 100 mil.

"Agora dia 24, é dia 24 o chequezinho, vou olhar. Ali, posso pagar o 'jurinho' normal essa semana, né? E daí mês que vem nós acerta (sic), mês que vem eu consigo", diz Galistzki numa das conversas.

"Pode ficar 'susse', pode continuar pagando", responde o empresário.

RELAÇÃO COM BOLSONARISTAS

Nas redes sociais, Torres tem uma série de registros ao lado de bolsonaristas e até membros do governo. Ele tem fotos publicadas com a deputada Carla Zambelli (PSL-SP), os deputados Hélio Lopes (PSL-RJ) e Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), além do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno.

Os vídeos publicados nas semanas anteriores ao 7 de setembro mostram também uma atividade intensa pela organização das manifestações. O último vídeo foi postado no dia 20 de agosto, quando a Polícia Federal foi até à sua casa para cumprir mandado de busca e apreensão.

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