Supremo decide nesta quarta como Bolsonaro deverá depor em inquérito sobre interferência na PF

O plenário do Supremo Tribunal Federal deve decidir na sessão marcada para a tarde desta quarta-feira (29), a partir das 14h, se o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) prestará depoimento presencialmente ou por escrito no âmbito do inquérito que apura se ele tentou interferir politicamente no comando da PF (Polícia Federal).

A investigação foi aberta a partir de denúncia do ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, na época em que deixou o governo Bolsonaro. 

INVESTIGAÇÃO

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Segundo informações apuradas pelo jornal Estado de São Paulo, há tendência entre os ministros de  que seja mantido o entendimento defendido pelo relator original do caso, o ministro aposentado Celso de Mello, que se manifestou pelo depoimento presencial.

Antes de aposentar, Celso de Mello decidiu que o presidente é obrigado a depor pessoalmente quando estiver na condição de investigado, mesmo que o artigo 221 do Código de Processo Penal diga que autoridades como presidente e vice-presidente da República, senadores e deputados federais poderão optar pelo depoimento por escrito. 

Em dezembro do ano passado, o ministro Alexandre de Moraes, atual relator do inquérito, remeteu o caso ao colegiado do Supremo após Bolsonaro declarar, por meio da Advocacia-Geral da União (AGU), que não prestaria depoimento. A sessão do Supremo será transmitida ao vivo pelo canal da TV Justiça no YouTube.

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