Política
Publicado em 29/09/2021, às 19h45 Igor Gielow/Folhapress
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), negou que tenha a intenção de ser candidato a vice-presidente no ano que vem. "Não faz o menor sentido ser vice, nem do Ciro [Gomes, PDT], nem de ninguém", afirmou.
"Não estou alinhado com ele, que é equivocado na sua visão de desenvolvimento", disse o gaúcho, que disputa as prévias para decidir quem será o presidenciável tucano com o governador paulista, João Doria.
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Ele comentava reportagem do jornal Folha de S.Paulo que havia mostrado como o apoio do senador cearense Tasso Jereissati (PSDB) à sua postulação havia sido lido por setores do partido como a entrega da cabeça de chapa no ano que vem a algum aliado.
Isso porque Tasso, um aliado histórico de Ciro, em entrevista também ao jornal havia falado insistentemente sobre a flexibilidade de Leite para a composição de uma aliança, inclusive renunciando ao protagonismo.
O cearense abandonou a disputa, como fora amplamente antecipado, em favor de Leite. Além de Ciro, tucanos também especularam o gaúcho numa eventual vice de Rodrigo Pacheco, presidente do Senado que deve sair do DEM para o PSD.
"Eu terei o melhor ano do meu mandato no Rio Grande do Sul. Não faz sentido em renunciar em abril se não for para liderar o projeto, como tantas lideranças do meu partido me estimulam a fazer", afirmou.
Se perder as prévias, diz, vai "apoiar o candidato tucano e distribuir santinho" na eleição -que por ora tem à frente nas pesquisas Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seguido pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e, mais atrás, um bloco liderado por Ciro e outros nomes da dita terceira via, na qual tanto Leite quanto Doria estão embolados.
Leite falou logo após o encontro que teve, levado por Tasso, com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em São Paulo.
O gaúcho não disse que FHC o apoiaria, mas afirmou que "ele reforçou que o melhor candidato é quem tiver mais chance de agregar, dentro e fora do partido" -uma cutucada em Doria, visto como mais arestoso no meio político. "Saio do encontro com uma mensagem de estímulo para continuar", disse.
Questionado acerca do voto que o ex-presidente havia declarado em Doria nas prévias, ele tergiversou. "Não vou constranger o presidente" e falar sobre o tema, disse.
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