PF faz operação contra empresa envolvida no escândalo da Covaxin

A Polícia Federal cumpre nesta quinta-feira (28) mandados de busca e apreensão em São Paulo, Campinas e Brasília, nos endereços ligados à Precisa Medicamentos, empresa envolvida no escândalo da venda da Covaxin ao governo Bolsonaro.

A operação acontece em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU) e Ministério Público Federal (MPF), e tem o objetivo de identificar documentos da negociação da Precisa, que teria contado com intermediadores, com o Ministério da Saúde.

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O proprietário da empresa, Francisco Maximianno, também é alvo direto dos mandados.

O caso da Covaxin foi revelado durante depoimento do deputado federal Luís Miranda (DEM-DF) e o seu irmão, servidor de carreira do Ministério da Saúde, que alegou ter sofrido pressão de superiores para agilizar a contratação da vacina indiana contra Covid-19.

O contrato com a Bharat Biotech previa o valor de R$ 80 por dose da vacina, o maior preço entre todos os imunizantes negociados pelo governo brasileiro.  A negociação só foi suspensa após revelação da CPI.

A defesa da empresa se manifestou e garantiu que vai apresentar todos os documentos necessários como contraprova.

“Toda a documentação referente à negociação com o Ministério da Saúde já foi disponibilizada a todos os órgãos competentes, quer por iniciativa da própria Precisa, quando solicitada, quer por outras medidas de busca e apreensão que já foram anteriormente determinadas, o que demonstra que a operação de hoje era simplesmente desnecessária. A Precisa continua à disposição da Justiça e seguirá prestando todos os esclarecimentos necessários, com o firme propósito de provar a lisura de todas as sua ações”, diz o texto assinado pelos advogados Ticiano Figueiredo e Pedro Ivo Velloso, enviado à CNN Brasil.

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