Política

Gilberto José afirma que Solla não ajudou Salvador

Imagem Gilberto José afirma que Solla não ajudou Salvador
Secretário do município afirma que titular do estado atrapalhou mais do que ajudou  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 28/03/2012, às 10h05   Redação Bocão News


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Às vésperas de deixar a Secretaria Municipal de Saúde e retornar para a Câmara de Vereadores com o objetivo de tentar mais uma eleição, o secretário Gilberto José (PDT) admitiu na terça-feira (27), em entrevista à Tribuna, que o titular da Saúde Estadual, Jorge Solla (PT), atrapalhou a gestão da pasta no município.

Para Gilberto, o Estado “criou muito mais dificuldades do que ajudou” a cidade nessa área. “Eles poderiam ter sido mais parceiros e nos ajudado mais. Não conseguiram separar as competências do município e do Estado e por fim quiseram tomar serviços do município”, acusou.

Ao longo de sua atuação na Saúde, Gilberto José teve divergências com Solla, sendo o ápice dos conflitos, a discussão sobre a proposta de gestão compartilhada, em contraponto com a gestão plena, defendida pelo município. Conforme o secretário, os desentendimentos com o governo estadual teriam sido o grande impasse de sua administração.

Gilberto José relembrou que a medida de transferência para a gestão estadual dos recursos enviados pelo Ministério da Saúde para algumas unidades hospitalares públicas estaduais, federais e filantrópicas não contribuiu para melhorar o setor e Salvador continua deficitário. “O Estado está recebendo o dinheiro e Salvador continua com o mesmo déficit”, disse.  Na época, Solla teria prometido ajudar a sanar o déficit mensal de R$ 6 milhões nos hospitais e postos da cidade.

“Esperávamos que o Estado ajudasse na recomposição do teto e isso não aconteceu. No entanto, o que posso dizer é que naquilo que concerne aos recursos oriundos do município nós conseguimos equilibrar as contas. Quitamos um débito de R$157 milhões de 2010 e em 2011 encerramos com as finanças também equilibradas”, acrescentou. Mesmo com os obstáculos, ele disse que “não se arrepende” de ter deixado a Câmara para assumir a pasta municipal. “Não ficam mágoas, mas apenas a frustração de um político que veio para a Saúde e que se confrontou com pessoas fazendo política partidária”.

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