Política
Publicado em 16/11/2021, às 07h58 Redação BNews
A proposta de adiamento das prévias do PSDB defendida por representantes da campanha de Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, causou revolta nos dois outros candidatos, o governador de São Paulo, João Doria, e o prefeito de Manaus Arthur Virgílio.
A votação está marcada para o próximo domingo (21), mas na noite desta segunda (15) surgiu a proposta.
Os coordenadores de Eduardo Leite, o ex-deputado Jutahy Magalhães Junior (BA) e João Almeida (MG) fizeram a proposta ao time de Doria, em uma reunião virtual com a presença do presidente nacional da sigla, Bruno Araújo.
Em nota assinada em conjunto, Doria e Virgílio classificaram a tentativa de adiamento como "imoral e inaceitável".
"Adiar as prévias é casuísmo eleitoral", diz o texto.
Leite, por sua vez, garante que a intenção de adiar não surgiu dele, e que há inconsistências nas falas dos seus aliados. Nas redes sociais, ele reconheceu que não tem motivo para o adiamento e que tem "confiança na vitória".
Em reunião que foi gravada, Jutahy Magalhães confirma a decisão pelo adiamento devido às dúvidas com relação que será utilizado para computar os votos.
"Diante do fato que dia 21 é impossível superarmos todas essas dificuldades, vamos adiar. Nossa posição é essa. Nossa proposta é adiarmos as prévias", disse Magalhães.
"A reunião da comissão [das prévias] foi gravada, se ele [Leite] tiver dúvida é só pedir a gravação. Seus representantes pediram o adiamento", afirmou o coordenador da campanha de Doria, Wilson Pedroso. As informações são da Folha de S. Paulo.
"A experiência adotada pelo PSDB oferece inúmeras alternativas confiáveis para a realização das eleições no prazo acordado", afirma a nota. "Eleições não se adiam, se realizam", conclui.
Nesta segunda acabou o prazo para o credenciamento para as prévias. Cerca de 30 mil tucanos, em quatro grupos com pesos diferentes, devem participar das prévias. O partido tem mais de 1 milhão de filiados.
Com a confusão acerca do adiamento proposto, há o risco de uma judicialização antecipada do processo, que é tudo o que Doria e Virgílio não querem. O time do paulista acredita que ele terá uma vantagem de 60% a 40% sobre Leite.
A mesma margem é projetada pela equipe do gaúcho, mas a seu favor.
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