Política

Editor da revista Veja teria ligações com Cachoeira

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Segundo jornalista Luís Nassif, Policarpo Júnior ligou 200 vezes para contraventor  |   Bnews - Divulgação Brasil 247

Publicado em 31/03/2012, às 15h36   Redação Bocão News



A Operação Monte Carlo, que trouxe à público as relações promíscuas entre o senador Demóstenes Torres (DEM) e o bicheiro Carlinhos Cachoeira, também pode atingir a revista Veja. Segundo informações do blog do jornalista Luís Nassif, as conversas grampeadas pela Polícia Federal revelam que o editor-chefe da publicação, Policarpo Júnior, manteve 200 contatos telefônicos com o contraventor.

Nos diálogos, Policarpo “informa Cachoeira sobre as matérias publicadas, trocam informações, recebe elogios. Há indícios de que Cachoeira foi sócio da revista na maioria dos escândalos dos últimos anos”, escreve o jornalista. O relatório da PF provaria, segundo Nassif, que fontes de diversas reportagens da revista eram funcionários de Cachoeira (foto abaixo).

Para o ex-prefeito de Anápolis (GO), Ernani de Paulo, o editor de Veja, Demóstenes e Cachoeira teriam fabricado a denúncia do esquema de pagamento de propina que ficou conhecido como "mensalão". De acordo com Ernani, Demóstenes era cotado para assumir o cargo de secretário de Segurança Nacional no começo do governo de Lula sob a condição de filiar-se ao PMDB. O senador teria se interessado pela indicação, mas acabou vetado por José Dirceu (PT), ministro da Casa Civil à época. Nesta interpretação, a denúncia inicial do "mensalão" seria o troco de Demóstenes pelo veto.

Em 2005, as matérias publicadas na revista sobre o caso foram assinadas por Policarpo Júnior.

Foto: Brasil 247
e Veja

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