Política

Presidente diz que Comissão não vai recuar sobre Carnaval e dispara sobre Rui: "Temperamento nervoso"

Vagner Souza /BNews
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Publicado em 19/11/2021, às 10h12   Nilson Marinho e Luiz Felipe Fernandez


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Presidente da Comissão Especial de Retomada dos Eventos de Salvador, o vereador Claudio Tinoco (DEM) prometeu que o grupo não vai recuar nos trabalhos pela realização do Carnaval 2022 em Salvador, ou, ao menos, de ter uma resposta do poder público quanto antes. 

Segundo Tinoco, as reações do governador Rui Costa (PT) contra a "pressão" da Comissão e do setor de entretenimento são infundadas e podem se justificar pelo seu "temperamento nervoso".

"Acho que é uma desculpa do governador, ele procura externar para a sociedade que não aceita pressão, mas, por outro lado, é ele que tem que tomar uma decisão, tem que assumir isso", cobra Tinoco.

O posicionamento do governo, ressalta o ex-secretário de Cultura e Turismo de ACM Neto, não pode ser anunciado por meio da "inanição" de Rui Costa, e que, com a demora, mesmo se a festa for permitida, corre o risco de não acontecer. 

Tinoco destaca que na última semana o Conselho Estadual de Saúde recomendou a realização do Carnaval com ressalvas e com a obrigatoriedade de aferir os índices epidemiológicos há um prazo da folia.

"De repente, não teremos nem conteúdo para botar na rua no fim de fevereiro. É desculpa do governador, ele tem um temperamento nervoso e reage muito às críticas, às opiniões diversas. Em nenhum momento criamos instância política, criamos instância colegiada, suprapartidária. Na Comissão temos membros da base do governo e, na semana passada, um conselho ligado ao governo, que é o Conselho Estadual de Saúde, encaminhou recomendações que não anulam a perspectiva de ter Carnaval", contextualizou o edil em conversa com o BNews nesta sexta-feira (19).

"Se não há condições hoje, vai ter daqui a 10, 15 dias? Porque ele não estabelece um prazo? Qual dificuldade nisso? Até porque está bastante claro que a decisão tem que ser conjunta, não só do governador. Precisa abrir diálogo, conversar com os prefeitos de Salvador, conhecemos as características da sociedade [...] se o governador acha que isso é pressão, fico feliz que a Câmara Municipal está sendo reconhecida como um 'colchão' da sociedade, dando pressão para exigir, simplesmente, uma decisão que cabe a ele", disparou.

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