A Comissão de Ética e Disciplina do PMDB baiano se reuniu na tarde desta segunda-feira (2) e confirmou a expulsão de Edson Pereira de Oliveira, filiado ao PMDB em Ibibitá, interior da Bahia. De acordo com o presidente estadual da legenda, o deputado federal Lúcio Vieira Lima, a confissão do recebimento de recursos escusos para beneficiar terceiros em licitação pública, de acordo com a publicação da Revista Veja do dia 31 de março, foi determinante para a decisão.
“Se é aprovado um projeto de iniciativa popular, o Ficha Limpa, visando moralizar a política brasileira e um cidadão confessa que praticou atos ilícitos, não tem nem muito o que decidir. Ele está expulso. A Comissão de Ética e Disciplina só confirmou isso”, justificou o presidente Lúcio Vieira Lima.
A nota oficial apresentada pelo partido enfatiza o “cumprimento as decisões e orientações dos órgãos do PMDB/BA, alicerçadas nos inafastáveis princípios éticos e morais, combinada com a juntada de prova pré-constituída suficiente para verossimilhança das imputações feitas contra o representado que, como dito, confessa expressamente em reportagem trazida aos autos ter recebido “R$ 200 mil em propina de um grupo suspeito de desvio de recursos em hospitais federais no Rio de Janeiro”.
Relembre o caso:
A edição da revista Veja do dia 31 de março trouxe uma reportagem em que Edson Pereira Oliveira, ex-assessor do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, admitiu ter recebido R$ 200 mil do deputado Cristiano (PT do B-RJ) para pagar dívidas de campanha. O deputado teria, então, chantageado o assessor para manter ou indicar diretores dos hospitais federais de Bonsucesso, Ipanema e da Lagoa, no Rio de Janeiro.
Edson apontou também a participação de outros três parlamentares no esquema: Áureo (PRTB), Marcelo Matos (PDT) e Nelson Bornier (PMDB).
Em entrevista coletiva neste sábado, Padilha afirmou que não tinha conhecimento dos fatos e solicitou que a Polícia Federal e o Ministério da Justiça investiguem o caso. “Estes novos fatos serão severamente apurados e queremos ir até o fim com a punição dos culpados", declarou.
Oliveira foi exonerado em 27 de dezembro. Segundo o ministro da Saúde, a demissão não teve relação com irregularidades e ocorreu a pedido do próprio assessor.
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