Política

Protógenes Queiroz desconhece diálogo com integrante do grupo de Cachoeira

Publicado em 11/04/2012, às 11h20   Redação



Gravações da Polícia Federal feitas na Operação Monte Carlo, que levou à prisão do contraventor Carlinhos Cachoeira, trazem conversas entre o ex-delegado da PF e deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) e Idalberto Matias Araújo, o Dadá, faz-tudo do esquema de jogos ilegais. O deputado Protógenes – que pediu uma CPI par apurar o caso - afirmou desconhecer a existência dos diálogos gravados, revelados pelo Estado, que indicariam a ligação entre o parlamentar com, um dos mais atuantes integrantes do esquema do bicheiro goiano. "Não reconheço [que seja eu falando]", disse Protógenes em entrevista à rádio Estadão ESPN, na manhã desta quarta-feira (11).


Segundo as investigações da PF, o parlamentar apareceria em ao menos seis conversas suspeitas com o Dadá, que esteve a serviço de Protógenes na Operação Satiagraha e, nas conversas, recebe orientações do ex-delegado sobre como agir para embaraçar a investigação aberta pela corregedoria da PF sobre desvios no comando da operação que culminou com a prisão do banqueiro Daniel Dantas - a Satiagraha. "Desconheço essa conversa. Se realmente existiu, não há no diálogo nenhuma ligação com o sistema Cachoeira", afirmou o deputado após ouvir a um dos trechos aos quais o Estado teve acesso.


"Se eu tivesse envolvimento, esse trabalho [da PF] iria revelar. E não seria o autor do requerimento de CPI depois dos pedidos de prisão", afirmou. Para ele, o teor das gravações não o proíbe de integrar a comissão. Nessa terça-feira, 10, Câmara e Senado optaram por uma CPI mista, que deve começar a trabalhar na próxima semana. Pelas regras da Câmara, Protógenes poderia ser o relator do processo. "Com certeza [me sentiria à vontade para ser relator]. Não tinha relação de amizade constante, intensa [com Dadá]", afirmou.

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