Política

PEC 300 na berlinda

Imagem PEC 300 na berlinda
Jaques Wagner se posiciona contra o piso nacional da PM. Capitão Tadeu fala em desunião da categoria  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 24/11/2010, às 11h01   Daniel Pinto


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Pela primeira vez após garantir a reeleição, o governador Jaques Wagner (PT) se posicionou publicamente contra a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) de número 300, que tramita no Congresso Nacional e prevê a equiparação salarial dos Policiais Militares de todo o país com base nos vencimentos da PM do Distrito Federal.

Ontem (23), após encontro com governadores de todo o Brasil e mais deputados e representantes de ministérios, Jaques Wagner disse que é contra a proposta porque ela vai gerar um gasto de R$ 700 milhões por ano aos cofres da Bahia. Além disso, o petista sustenta que a aprovação da PEC 300 irá fazer com que o governo do estado ultrapasse o limite imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

O deputado estadual Capitão Tadeu (PSB), apesar de defender a equiparação, acredita que os PMs não terão força política para aprovar a emenda. “Todos os governantes são contra a PEC 300, a começar por Lula e Dilma. Até o governador Geraldo Alckmin (PSDB), que é de oposição, disse que por enquanto é contra o aumento. Os governadores vão influenciar suas bancadas federais e a proposta vai ser vetada no Congresso. Ainda mais que nenhum dos 27 estados elegeu um PM como deputado federal. A categoria mostra desunião e fica sem representatividade política”, observou.


Num bate-papo com a reportagem do Bocão News, Capitão Tadeu também fez uma análise mais ampla sobre o combate à violência e comentou a postura eleitoral adotada pelos governantes que disputaram a reeleição ou defenderam projetos de continuidade. “A solução da segurança pública passa por reforço federal aliado à ações integradas nos estados nas áreas de saúde, esporte e educação. Entretanto, é preciso investir em equipamentos e requalificar as policias, mas, sobretudo, é importante tornar a função atrativa. E como se consegue isso? Bons salários. Como o próprio presidente diz que é preciso pagar bem aos ministros para atrair bons quadros. Por analogia, o mesmo deve acontecer com a PM. Quando precisavam de votos, ninguém disse que era contra a PEC 300 e nem discutiu o retorno da CPMF. Agora, com o fim da campanha, a conversa é outra”.

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