Política

Odebrecht assume parte da Delta na reforma do Maracanã

Imagem Odebrecht assume parte da Delta na reforma do Maracanã
A possibilidade já havia sido ventilada, mas a aquisição se confirmou nesta semana  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 02/05/2012, às 16h37   Redação Bocão News


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A construtora baiana Odebrecht assume os 30% da participação da Delta no consórcio de reforma do Maracanã para a Copa de 2014. A aquisição coloca a empreiteira à frente de 40% das obras de construção e reformas de estádios para o mundial.

De acordo com a Folha, a decisão, antecipada ontem pelo jornal “O Globo”, encerrou a negociação para saída da Del da obra do governo do estado do Rio de Janeiro, orçada em R$ 860 milhões. E que tem o prazo de fevereiro de 2013 para conclusão.

Ainda segundo a publicação, a empreiteira também já saiu de outra obra de infraestrutura da Copa e da Olimpíada de 2016, a primeira fase da via expressa Transcarioca, que será completada só pela Andrade Gutierrez. Esse contrato, de R$ 798 milhões, é da Prefeitura do Rio.

Em meados de abril, depois que surgiram as informações sobre a relação de executivos seus com o empresário Carlos Cachoeira, investigado pela Polícia Federal, a Delta havia deixado de entrar com capital de giro para a reforma do Maracanã. Os sócios decidiram afastá-la.

A empresa de Fernando Cavendish, no entanto, afirma que sua saída do consórcio "é resultado de decisão estratégica e empresarial e não tem relação com as recentes denúncias". Nos bastidores, a Delta também dizia que a reforma, cujo orçamento foi reduzido em R$ 97 milhões pelo Tribunal de Contas da União, tem margem de lucro pequena, de 5%.

Agora com a maioria das ações do consórcio do Maracanã, a Odebrecht fica à frente de quatro dos dez estádios em construção ou reforma para a Copa --os demais são o novo estádio do Corinthians e as arenas Fonte Nova (Salvador) e Pernambuco (Recife). Os contratos somam R$ 2,75 bilhões.

Delta e Odebrecht não tocam no momento nenhum outro projeto juntas. As duas fizeram parte da sociedade que fez as obras de urbanização do complexo de favelas do Alemão, no Rio, um dos empreendimentos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) federal.


As informações são da Folha de São Paulo

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