Política

César Borges admite negociar aliança estadual com o PT

Imagem César Borges admite negociar aliança estadual com o PT
Presidente do PR na Bahia afirma que política se faz sem revanchismo e na base do diálogo  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 21/05/2012, às 11h26   Redação Bocão News



Nomeado para a vice-presidência de governo do Banco do Brasil, o ex-senador César Borges (PR), finca os pés na base da presidente Dilma Rousseff. A aliança ainda não transposta para os municípios e estado. Em entrevista à Tribuna da Bahia, publicada nesta segunda-feira (21), o presidente estadual do PR, no entanto, sinaliza que isto pode acontecer.

O tom do discurso adotado na entrevista é de que o PR está aberto a negociações e de que não existe, em política, decisões definitivas, tampouco deve-se fazer inimigos. . “Eu tenho mantido essa postura porque eu acho que não devemos ter inimigos políticos, eventualmente podemos ter adversários. Adversários podem compor desde que se ponham em primeiro lugar os interesses públicos e partidários”.

A declaração cai como um balde de água fria em dois dos quatro deputados estaduais que a legenda tem. Sandro Régis e Elmar Nascimento são críticos ácidos do governo Jaques Wagner. Os dois comemoram efusivamente quando o PR deixou o governo Dilma Rousseff e afastou as possibilidades de costuras na Bahia.

Agora, deve ter de sentar à mesa de negociação. O ex-governador não confirma a existência desta movimentação. De acordo com ele, “uma aproximação se dá a partir de um convite, você não se oferece, há um convite. Se houver essa vontade do governo, nós conversaremos normalmente, e qualquer convite, qualquer conversação eu procurarei repassar para os companheiros de partido para tomarmos uma decisão colegiada”.

Borges reconhece que vai enfrentar dificuldade para construir um consenso dentro do partido. A situação não chega a ser novidade. Mesmo na oposição, há quem sempre tenha defendido a aliança. Os exemplos mais emblemáticos são os do ex-deputado Pedro Alcântara, que atua na secretaria de Relações Institucionais, e do deputado federal Maurício Trindade.

O ex-senador elogiou o governador pelas obras da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) e Porto Sul, não sem alfinetar a gestão no quesito velocidade de realização. “A conquista de obras estruturantes como a ferrovia Oeste–Leste eu considero, realmente, uma obra que é muito importante para o nosso Estado. Apenas gostaria de vê-la em um ritmo muito mais veloz do que está sendo tocado, mas é uma obra estruturante que foi conquistada pela relação do governador com o governo federal”.

Sobre as eleições de Salvador, o ex-senador considera que Nelson Pelegrino e ACM Neto saem na frente, mas que a disputa está em aberto. “O cenário que eu vejo são as candidaturas que estão aí colocadas. Eu vejo a candidatura apoiada pelo governo do Estado e que, só por essa condição, já é forte porque o discurso sempre será do alinhamento de prefeitura e governo do Estado, discurso esse que sempre adotei.

Quando fui governador, fiz parcerias com o prefeito Antonio Imbassahy. Quando fui candidato, usei esse discurso, de que era importante esse alinhamento para ter mais recursos para a cidade e também o alinhamento com o governo federal”.

Ele admite que a aliança com PMDB ou outro partido ainda pode acontecer.

As informações são da Tribuna da Bahia


Matéria postada ás 07h20

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