O dia começou cinzento e cheio de declarações polêmicas feitas pelo presidente da Assembleia Legislativa da Bahia e cacique do PDT do Estado, Marcelo Nilo. Para reforçar ainda mais sua posição diante dos professores grevistas - acampados há 64 dias no pátio da Assembleia, ao ser questionado pelo radialista Armando Mariani, na Rádio Sociedade, Nilo não hesitou: "A Assembleia não será mais point de grevistas. "Hoje vou conversar pacificamente com eles. Mas, digo que de lá eles saem. Se os grevistas não se comportarem e não respeitarem o ambiente da assembleia vou ter que tirá-los de lá", ressaltou o pedetista, informando que a medida será adotada caso os parlamentares continuem a ser agredidos com gritos e palavrões, ou haja desrespeito com funcionários e com o ambiente da Assembleia.
- Mas você mesmo vai tirar? Perguntou o apresentador -."Não. Quem tira é a polícia". "Se os professores não saírem quando for necessário, a polícia tira".
A Greve
Mais um capítulo na disputa entre o governo do Estado e os professores sobre a legalidade do movimento grevista que já dura mais de dois meses nas escolas da rede estadual de ensino. Na terça-feira (12), o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Ari Pargendler, suspendeu a liminar concedida pelo Tribunal de Justiça da Bahia, que orientava o pagamento imediato dos salários dos professores em greve. “A decisão do STJ segue o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), no sentido da aplicação da lei de greve ao serviço público, que não obriga ao pagamento dos salários no período da paralisação”, afirmou o procurador geral do Estado, Rui Moraes Cruz.
Foto: Roberto Viana// Bocão News
Publicada no dia 13 de junho de 2012, às 08h07
Nota atualizada às 15h24