Política

Erenice: ''foi uma completa traição”

Imagem Erenice: ''foi uma completa traição”
Ex-ministra rebate acusações em revista  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 20/09/2010, às 07h01   Patrícia Costa


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A ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra, em entrevista a uma revista publicada neste final de semanal, se defendeu das denúncias sobre a reportagem da revista "Veja", em que acusa ela e seu filho, Israel Guerra, de tráfico de influência e de juntos comandarem um esquema de lobby para atrair empresários interessados em contratos com o Governo Federal.

Erenice admitiu que seu ex-assessor na Casa Civil Vinícius de Oliveira Castro pode ter envolvimento nas supostas irregularidades.

A reportagem da “Veja” diz que Erenice e Israel cobrariam dos empresários uma taxa de propina de 6%. A revista cita a intermediação de Israel Guerra em um possível caso de um contrato feito entre o empresário Fabio Baracat, da empresa ViaNet Express, e os Correios, que segundo ela, tudo não passou de uma manobra vinculada ao "momento político-eleitoral".

"Foi a campanha de desconstrução da minha imagem, sórdida e implacável, atingindo, sobretudo, a minha família. Quando eu percebi que não haveria limite nenhum, nem ético nem de profissionalismo, para essa campanha difamatória, entendi que era o momento de fazer uma opção. Uma opção pela minha vida pessoal, minha família, meus filhos e minha mãe, que sofre com tudo isso. Resolvi, então, parar um pouco para proceder à defesa adequada de minha honradez e de minha seriedade profissional. Entendi que era o momento de dar um basta e dizer: “Senhor presidente, agora eu preciso de paz e de tempo para que eu possa defender a mim e a minha família dessa campanha difamatória.”, garantiu ela durante a entrevista.

Ao afirmar que deixou recomendações claras para seu sucessor, o interino Carlos Eduardo Esteves Lima, de "não deixar pedra sobre pedra" e de investigar as acusações Perguntada se esse tráfico teria acontecido sem seu conhecimento, Erenice foi taxativa: "Absolutamente sem meu conhecimento".

A ex-ministra também tentou defender o seu filho das acusações "Conversei com meu filho. Ele me garantiu que, em nenhum momento, ultrapassou os limites da ética e da conduta que deveria ter. E ele sabe a mãe que tem. Eu jamais aceitaria ou faria movimento no sentido de privilegiar alguém", assegurou.

Sobre a autoria das acusações, a ex-ministra preferiu não comentar as suspeitas de que seja resultado do fogo amigo petista. "Prefiro não me manifestar sobre isso. Seria uma dor a mais. Há uma disputa de cargos no futuro governo, o que é natural."

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