Política

Corrupção na disputa pela presidência

Imagem Corrupção na disputa pela presidência
Apesar da riqueza de detalhes, vereadores descartam denúncia de compra de votos  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 02/12/2010, às 12h08   Daniel Pinto


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Na semana passada, a reportagem do Bocão News recebeu informações de três vereadores da capital baiana que davam conta de uma tentativa de compra de votos na disputa pela chefia do Legislativo. Os denunciantes pediram para ter as identidades preservadas, mas todos confirmaram a mesma história: um dos candidatos oferece R$ 6 mil pelo voto e, caso seja eleito, mais R$ 6 mil mensais até o final da próxima legislatura, em dezembro de 2012.

Numa situação hipotética, como o postulante precisa de pelo menos 20 votos para ser eleito, uma conta rápida mostra que ele teria que desembolsar quase R$ 3 milhões para comandar os rumos da Câmara Municipal por dois anos.

Vereadores rechaçam mensalinho - Até o momento, três candidatos estão oficialmente no páreo: Pedro Godinho (PMDB), Téo Senna (PTC) e Carballal (PT). O peemedebista é o líder da prefeito na Casa. Por conta disso, é o candidato natural do Thomé de Souza. Há quem diga que a ida do deputado João Carlos Bacelar (PTN) para a Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Esporte e Lazer (Secult) praticamente definiu a vitória de Godinho, uma vez que ele conseguiu pelo menos mais três votos, além da simpatia da bancada independente.

O líder governista confirma as movimentações em busca de apoio, mas descarta veementemente a história de corrupção no processo. “Neste momento tem surgido muitas especulações. Pessoalmente, tenho certeza de que isso não passa de uma boataria”, observou.


Godinho, o favorito


Nesta sexta-feira (03), Godinho terá encontro com a bancada da oposição a fim de costurar uma aliança. Ele está disposto a negociar, mas, inicialmente, pretende oferecer a manutenção da 2ª secretaria, único cargo que a minoria possui na Mesa Diretora. “Quero preservar o que eles tem. O cobertor é curto. Mas, vamos negociar”.

Téo Senna (PTC) também descarta a versão de compra de votos.  “Não ouvi, não aceito e não participo”, disparou e ainda fez o seguinte complemento: “esse tipo de conversa atinge todo mundo, isso denigre a imagem da própria Casa. Essa é uma denúncia leviana e irresponsável”.


Téo Senna ao lado de Isnard Araújo, vereador do PR


Téo, que ainda não jogou a toalha, revela propostas para recuperação da imagem da Câmara Municipal. “Quero seguir com a reforma do Regimento Interno e com a Lei Orgânica do Município. Além de restabelecer os programas Câmara vai à Escola e Câmara Mirim. O objetivo é dar mais transparência a gestão e aproximar os vereadores da população soteropolitana”.

Carballal foi procurado, mas não atendeu as ligações no celular e também não estava no gabinete quando do fechamento da matéria.

Fotos: Edson Ruiz/Bocão News

Classificação Indicativa: Livre

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