Política

Deputados se dividem em relação à retirada dos professores da AL

Imagem Deputados se dividem em relação à retirada dos professores da AL
Oposicionistas acham que categoria deve permanecer no prédio da Assembleia Legislativa  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 19/07/2012, às 08h22   Marivaldo Filho (Twitter: @marivaldofilho)



Deputados estaduais da situação e oposição divergem com relação ao pedido de reintegração de posse executado pelo presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo (PDT). Enquanto para a maioria dos governistas quer a saída da categoria do prédio, sob a justificativa de " reestabelecer a ordem na Casa", os oposicionistas defendem a manifestação dos professores e a continuidade dos profissionais no local.

O deputado estadual Leur Lomanto Jr. (PMDB), junto aos demais parlamentares da bancada de oposição na Assembleia, se reuniu nesta quarta-feira (18)  com os professores em greve que ocupam o prédio do Legislativo para reiterar que a bancada está atenta e discorda do uso de força policial com objetivo de retirar o grupo de docentes da Casa. Ao tomarem conhecimento da existência de boatos de que policiais estariam a postos para invadir a Alba, os deputados se solidarizaram com os grevistas.

“Consideramos justas as reivindicações dos professores e estamos vigilantes as movimentações. Não vamos permitir que a questão seja solucionada com atos de violência”, disse. Os deputados também conversaram com o presidente Marcelo Nilo (PDT) e pediram que fosse revista a decisão de expulsar os professores.

“Vale lembrar que durante esses cem dias, período da greve, os professores permaneceram de forma ordeira e pacífica, sem causarem nenhum tipo de dano à Casa”, enfatizou Leur Jr. Ciente dos prejuízos causados a mais de um milhão de estudantes que frequentam a rede pública de ensino no Estado, o peemedebista espera que o governador Jaques Wagner “se sensibilize e busque o bom senso para resolver o impasse”.

Já o deputado Sidelvan Nóbrega, em nota oficial, declarou apoio ao presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, deputado Marcelo Nilo (PDT), que ingressou com um pedido de reintegração de posse do Saguão Deputado Nestor Duarte da instituição, ocupado pelos professores da rede estadual de ensino desde o início da greve, que completará 100 dias nesta quinta-feira (19).

De acordo com o parlamentar, a decisão de Nilo encontra “amparo” no Regimento Interno da Casa, que elenca entre uma das atribuições da presidência, o dever de “zelar pelas prerrogativas e o bom nome da Assembleia”. “Diferente do que tem sido divulgado pela bancada da oposição, a ideia não é intimidar os professores, e sim fazer com que a Casa volte à normalidade”, afirma.

A tentativa de retirada dos professores do prédio da Assembleia tem gerado muita polêmica. O coordenador-geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), Rui Oliveira, alega que os professores tiveram a anuência de Nilo no processo da ocupação da Assembleia.


O presidente do Legislativo nega. “Não é verdade. Tudo tem limite e 96 dias é demais e já passou do limite. O Poder Judiciário foi acionado. Tem três meses que não consigo realizar um evento aqui no salão Nestor Duarte. Não é justo que a Assembleia Legislativa seja um lugar para abrigar grevistas por tanto tempo”, disparou Marcelo Nilo.

Fotos: Roberto Viana// Bocão News
Nota originalmente publicada às 17h40 do dia 18

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