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TWB tenta, mas Agerba já decidiu: acabou!

Imagem TWB tenta, mas Agerba já decidiu: acabou!
Eduardo Pessoa, diretor da agência, deixou claro que não há mais diálogo possível com operadora do Ferry Boat  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 12/09/2012, às 08h40   Redação Bocão News (twitter: @bocaonews)




As três horas de duração da reunião da comissão de Infraestrutura da Assembleia Legislativa não foram suficientes para contribuir com a formação de um plano de ação que pudesse resolver ou minimizar os problemas entre a concessionária TWB, que opera o sistema ferry boat, e a Agerba, que regula e fiscaliza a prestação do serviço.

Ao final do embate entre o presidente da TWB, Reinaldo Pinto e o diretor da Agerba, Eduardo Pessoa ficou evidente que será difícil solucionar os problemas contratuais que impedem a tomada de decisão. Para começar, os empresários da concessionária questionam o relatório apresentado pela Agerba que justificaria o pedido de caducidade do contrato entre TWB e governo do estado.

Eduardo Pessoa, por outro lado, está ansioso pelo relatório da Procuradoria Geral do Estado (PGE) para adotar a decisão. O diretor descartou qualquer possibilidade de dialogo com os representantes da concessionária. De acordo com ele, já ficou clara a incapacidade gerencial da TWB e, portanto, não há mais razões para o dialogo.

Reinaldo argumenta que a maior parte das críticas à operação do serviço é feita com base na prestação do serviço. Isto demonstra, segundo ele, que apenas os efeitos estão sendo analisado e o problema está na causa. “Enquanto não nos debruçarmos sobre as causas não haverá solução”.

Os dois convidados apresentaram visões antagônicas quanto a saúde financeira do negócio. Os deputados saíram da sessão com a mesma impressão que entraram. “A população tem sofrido muito com tudo isso. Quem precisa do serviço da TWB passa por verdadeiros descalabros, contudo, não se pode culpar apenas uma das partes sem analisar o todo. É preciso que haja um diálogo”, a declaração é do deputado estadual Cacá Leão (PP) e retrata a avaliação externada pelos seus pares.

Para o parlamentar, ficou claro o “jogo de empurra” entre as partes, sendo assim, ele propôs que o Ministério Público, na pessoa da promotora Rita Tourinho, seja envolvido nesta peleja.

Nas conclusões finais apresentadas pelo presidente da TWB a solução passaria pela formulação de um novo modelo de contrato que pudesse tornar a concessão saudável financeiramente. “Enquanto discutimos este modelo, a TWB garante a prestação de serviço”, afirmou Reinaldo Pinto, que defende a conversa.

Representando o órgão fiscalizador, Eduardo Pessoa, diz que já perdeu a esperança de solução. Ele aguarda apenas a decisão da PGE. “Nós estamos fazendo todos os estudos para chegar a um número (custo para trocar a empresa), mas ainda não há este número. Para isso, pedimos a estas empresas os estudos. Vocês podem ter certeza que a população não vai pagar por isso”.

Questionado sobre a possibilidade de aumento de tarifa, Pessoa reconhece que pode haver algum reajuste, mas que não é essa a vontade do governo. “Isto vai depender exatamente dos estudos. Agora, o que nós temos que fazer é assegurar o transporte das pessoas e não ficar pensando se o Estado vai gastar aqui ou ali. Porque o que vale é a garantia do transporte de Itaparica para Salvador e de Salvador para Itaparica com qualidade. Governo que tem responsabilidade faz desta forma e não fica fazendo economia de poucos centavos deixando a população com serviços prestados sem qualidade. O governo arcará com qualquer coisa que for da sua obrigação para assegurar o serviço bom a toda população”.


Fotos; Roberto Viana // Bocão News
Nota originalmente publicada às 17h30 do dia 11

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